quarta-feira, 14 de julho de 2010

A VOLTA DE JESUS

      "Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro, e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura." (1 Ts 1.9-10). 

      A Timóteo ele fez saber: "já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda" (2 Tm 4.8).

      Os quase 270 capítulos do Novo Testamento mencionam aproximadamente 300 vezes a volta do Senhor Jesus. Um comentário bíblico diz o seguinte:

      Só alcançaremos o nível espiritual e a vida santificada que o Novo Testamento ensina, quando a espera pelo Senhor receber tanto espaço em nossos corações como o tinha nas igrejas dos tempos apostólicos. O Dr. Kaftan disse: "O maravilhoso poder da Igreja primitiva residia única e exclusivamente em sua esperança viva pela volta visível e pessoal de Cristo".

      Uma afirmação de Pedro, que se ajusta muito bem à parábola das dez virgens, mostra quanto o tempo dos apóstolos ainda era impregnado pela expectativa da volta de Jesus: "Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração" (2 Pe 1.19). De que modo as dez virgens foram ao encontro do Senhor? Com suas candeias acesas. Isso simboliza a palavra profética, que deve ser colocada no velador. A exortação do Senhor Jesus é: "Cingido esteja o vosso corpo, e acesas, as vossas candeias. Sede vós semelhantes a homens que esperam pelo seu senhor, ao voltar ele das festas de casamento; para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram" (Lc 12.35-37). De fato, a era da igreja primitiva era fortemente caracterizada pela espera pelo Senhor, como Jesus disse na parábola: "Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram e encontrar-se com o noivo".

      Segunda época: Perda do primeiro amor e sono espiritual

      Rapidamente o primeiro amor ao Senhor Jesus e à Sua Palavra foi se extinguindo. Assim, houve um bloqueio na espera por Sua volta, que adormeceu. Esse período é descrito em Mateus 25.5: "E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram".

      Já nas cartas às igrejas transcritas no Apocalipse, o Senhor teve de dizer: "Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas" (Ap 2.4-5).

      Logo após a morte dos apóstolos, a luz em relação à volta de Jesus começou a se extinguir nas igrejas. Certamente ainda havia muita atividade, mas a espera ardente, o primeiro amor de uma noiva por seu noivo, começou a diminuir. A espera adormeceu.

      As virgens prudentes tinham suas lâmpadas bem acesas e brilhantes – elas serviam para iluminar a chegada do noivo. Elas fizeram aquilo que Jesus havia exigido: deixaram suas luzes brilhar e esperavam por Ele. Elas firmaram-se na palavra profética e deram-lhe atenção "como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração".

      Nesse contexto, creio que o Senhor estava tentando dizer à igreja de Éfeso aproximadamente o seguinte: "Você não é mais como uma virgem ou uma noiva, que vai ao encontro de seu noivo com a lâmpada acesa. Você abandonou o primeiro amor, mesmo possuindo a palavra profética. Mas de que ela serve, se você não a utiliza para iluminar seus passos para vir ao meu encontro? Por isso, arrependa-se, pois se você não o fizer, eu virei e tomarei de você o candelabro da palavra profética." E foi justamente isso que aconteceu: a luz da palavra profética quase perdeu-se completamente nos séculos subseqüentes.

      "E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram." Na história da Igreja, as coisas desenrolaram-se exatamente como está descrito aqui de maneira figurada. O Senhor Jesus tardou em vir. Ele demorou para voltar. E aí o cristianismo foi tomado de sono espiritual, que fez adormecer todas as esperanças pela volta do Senhor. Os cristãos deixaram de vigiar, exatamente o que deveriam ter feito seguindo as repetidas e claras ordens de Jesus. 

      E por saber dessa situação, Ele exortou Sua Igreja:

• "Cingido esteja o vosso corpo, e acesas, as vossas candeias" (Lc 12.35).

• "Sede vós semelhantes a homens que esperam pelo seu senhor, ao voltar ele das festas de casamento; para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram" (v. 36).

• "Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã; para que, vindo ele inesperadamente, não vos ache dormindo" (Mc 13.35-36).

      Com o desaparecimento da espera pela volta de Jesus, foi minguando também o conhecimento sobre o assunto. É assustador observar que aproximadamente a partir do ano 300 d. C. não se acham mais menções da volta de Jesus na literatura cristã da época. Praticamente nenhum hino daquele tempo e nenhum comentário bíblico, do ano 300 d. C. até o século 18, fala da espera pela volta de Jesus para buscar Sua Igreja, para arrebatar Sua noiva. Mesmo nos tempos da Reforma existem poucos registros de referências ao arrebatamento da Igreja. O retorno à Palavra de Deus nesse tempo foi maravilhoso e havia a crença na volta de Jesus, mas apenas para o fim dos dias, no dia do Juízo Final. Todo o restante a respeito da volta do Senhor desapareceu do cristianismo. A espera pela volta de Jesus foi como que encoberta, soterrada.

      Gerhard Herbst escreveu:

      Nas igrejas e denominações, inclusive na hinologia, a diferença entre o arrebatamento e a volta de Jesus praticamente inexiste ou é desconsiderada. Quando se chega a falar sobre a volta de Jesus, pensa-se sempre na volta visível do Senhor sobre o monte das Oliveiras. Mas essa é a esperança de Israel e não da Igreja de Jesus... O arrebatamento da Igreja de Jesus é o próximo acontecimento para a Igreja, o próximo evento pelo qual ela deve esperar. E essa volta não está condicionada a sinais prévios.

Terceira época: Despertamento espiritual

      Essa última fase tem mais ou menos 150 a 200 anos. Ela coincide praticamente com a volta dos primeiros imigrantes judeus para sua pátria. Por quê?

      Essa terceira época situa-se no final do tempo da graça e é o chamado "tempo do fim". Na parábola das dez virgens esse período é descrito da seguinte maneira: "Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro! Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam suas lâmpadas" (Mt 25.6-7).
 
      A partir do início do século 19 (e mesmo um pouco antes) o cristianismo vivenciou uma forte ação do Espírito Santo. Surgiram movimentos avivalistas, sociedades missionárias floresceram. Novos hinos foram compostos, e a volta de Jesus para o arrebatamento da Sua Igreja passou a ser novamente proclamada. Um dos pregadores dessa época foi o inglês John Nelson Darby (1800 – 1882), fundador das Igrejas dos Irmãos. A luz voltou a brilhar e resplandeceu claramente, ao ser anunciada novamente a vinda de Jesus para buscar Sua Igreja – a candeia voltou a ser colocada no velador. Mas esse movimento não se restringiu apenas à Inglaterra. Também nos Estados Unidos muitos se levantaram e começaram a publicar material falando da volta de Jesus para a Igreja e tornando esse o tema central de suas pregações.

      Darby era de opinião que a Igreja tinha entrado em decadência desde o tempo dos apóstolos. Ele pretendia contribuir para um renascimento dos tempos apostólicos. Uma enciclopédia teológica diz de Darby: "Extensas viagens pela Europa ocidental, à América do Norte e à Austrália contribuíram para o ajuntamento espiritual da igreja de Filadélfia nos tempos finais, preparando-a para a volta de Jesus".

      No século 19 descobriu-se novamente a diferença entre o "arrebatamento" e o "Dia do Senhor". Paralelamente surgiram muitas igrejas independentes, pois havia homens e mulheres corajosos que romperam com os sistemas eclesiásticos vigentes na época, passando a pregar a mensagem clara da iminente volta do Senhor.

      Como aconteceu esse despertamento, como foi redescoberta a verdade sobre o arrebatamento? Foi como se, de repente, as pessoas acordassem de um longo e profundo sono! Certamente esse foi um chamado do Espírito Santo de Deus, que repentinamente despertou a muitos por estarmos nos aproximando da volta de Jesus! Sim, realmente nos encontramos na hora da meia-noite, quando soará o chamado do Espírito: "Eis o noivo! Saí ao seu encontro!"

      Certamente não foi por acaso que, paralelamente com esse reavivamento espiritual da Igreja de Jesus, tenha se iniciado também a restauração de Israel e o repentino despertar dos judeus para retornarem à sua pátria. Esses dois movimentos são dirigidos pelo Espírito Santo. Maranata! Vem, nosso Senhor! (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, novembro de 2000.

terça-feira, 6 de julho de 2010

A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS!

Por: Pr. Ageo Silva

(Mateus 25:1 a 13)

      “E saindo elas para comprar o óleo, chegou o noivo”. As virgens que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial. E a porta foi fechada. “Mais tarde vieram também as outras e disseram: ‘Senhor”! Senhor! Abra a porta para nós! ’ “Mas ele respondeu: ‘A verdade é que não as conheço”! ’ (Mt 25:10 a 12)

      O propósito desta Pastoral é reafirmar a necessidade que temos que estar atentos e vigilantes quanto ao tempo do agir de Deus, e também do agir astuto do inimigo em nossa vida.

      A parábola das Dez Virgens contada por Jesus mostra a diferença entre os verdadeiros crentes e os cristãos nominais, enfatizando a chamada à vigilância para a iminente vinda do Senhor Jesus para arrebatar sua Igreja fiel na terra. Parábola é a narração de uma estória com o fim de ensinar ou ilustrar verdades morais e espirituais.

      Vamos examiná-la.

      1-) V.1 "O reino dos céus será semelhante a dez virgens". O salvo é participante do reino dos céus e o será do reino de Deus na terra. Em 2 Tm. 2:10 a 12, temos que a Igreja vai reinar com Cristo: "Esta palavra é digna de confiança:... se perseveramos, com ele também reinaremos...". Em Ap. 5:10, fala que no reino Cristo seremos reis e sacerdotes: "... e para o nosso Deus os constituiu reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra". Em Ap.20:4 e 6, lemos que a Igreja triunfante reinará com Cristo no Milênio: "... Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus,... e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos... Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição;... serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com Ele os mil anos". Após o Juízo Final, nosso reinado com Cristo será eterno: "Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos." (Ap. 22:5).

      2-) V.1-b: "... a Dez virgens que pegaram suas candeias e saíram para encontrar-se com o noivo." Naquele tempo e cultura, era costume a noiva no dia do seu casamento, ao sair para encontrar-se com o noivo, se fazer acompanhar de dez damas virgens, com suas lâmpadas acesas. Aliás, o culto na sinagoga não se realizava se não houvesse pelo menos dez pessoas, assim como outros atos. Estas Virgens deviam ser moças irrepreensíveis. Eram a figura do crente cuja vida exterior estava sem mancha nenhuma. O apóstolo Paulo retrata este tipo de amor aos crentes de Corinto em sua 2ª. carta (2 Co. 11:2): "O zelo que tenho por vocês é um zelo que vem de Deus. Eu os prometi a um único marido, Cristo, querendo apresentá-los a ele como uma virgem pura."

      3-) V. 2: "Cinco delas eram insensatas...". Insensatas quer dizer ignorantes, desmazeladas, loucas, irresponsáveis. Isto nos leva a pensar que devemos ter nossas próprias experiências com Deus e buscarmos nEle o suprimento que precisamos para não andar com muletas alheias! Não é suficiente apenas estar junto a Cristo, mas sim com e em Cristo.

      4-) V.2-b: "...cinco eram prudentes." A prudência é sinal de sabedoria! Em Pv.9:9 e 10 lemos: "Instrua o homem sábio, e ele será ainda mais sábio;...O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é entendimento."

      5-) V. 3: "As insensatas pegaram suas candeias, mas não levaram óleo". Azeite na bíblia é símbolo do Espírito Santo que sustenta a chama da fé, a luz do amor, o conhecimento da Palavra de Deus, a esperança, o amor, o zelo, a paciência, a firmeza em nossa vida. Jesus foi ungido por Deus: "Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, e como ele andou por toda parte fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo Diabo, porque Deus estava com ele." (At. 10:38). Jeú é ungido rei de Israel: "... o profeta Eliseu chamou um dos discípulos dos profetas e lhe disse: "... procure Jeú, filho de Josafá e neto de Ninsi. Dirija-se a ele e leve-o para uma sala, longe dos seus companheiros. Depois pegue o frasco, derrame o óleo sobre a cabeça dele e declare: 'Assim diz o SENHOR: Eu o estou ungindo rei sobre Israel..." 

      6-) Vs.3 e 4: "Candeias ou Lâmpadas". Os discípulos são chamados de 'luz do mundo' e nós também o somos. São palavras de Jesus: "Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus." (Mt. 5:14 a 16). Paulo disse aos filipenses: "Façam tudo sem queixas nem discussões, para que venham a tornar-se puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada, na qual vocês brilham como estrelas no universo, retendo firmemente a palavra da vida." (Fp. 2:14 e 15). A Igreja é o candeeiro do Senhor: "Este é o mistério das sete estrelas que você viu em minha mão direita e dos sete candelabros: as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candelabros são as sete igrejas." (Ap. 1:20)

      7-) V. 4: "As prudentes, porém, levaram óleo em vasilhas, junto com suas candeias." As dez lâmpadas estavam acesas e assim continuaram. As prudentes representam os crentes que têm azeite de 'reserva', que buscam experiências novas e mais profundas com Deus para a hora de provação. Devemos buscar o enchimento com o Espírito Santo: "Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito, falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor" (Ef. 5:18 e 19). No dia do Pentecoste, todos os que buscavam a Deus foram cheios do Espírito Santo:"Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas , conforme o Espírito os capacitava." (At. 2:4). Pedro, cheio do Espírito Santo, deu seu testemunho diante do Sinédrio: "I" (At. 4:8). A Igreja reunida em oração foi cheia do Espírito Santo quando intercedia pelos irmãos perseguidos e presos: "Depois de orarem, tremeu o lugar em que estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus." (At. 4:31). Estevão foi levado a julgamento diante do Sinédrio porque estava pregando o Evangelho e Deus fazia maravilhas por intermédio dele: "Mas Estevão, cheio do Espírito Santo, levantou os olhos para o céu e viu a glória de Deus, e Jesus em pé, à direita de Deus" (At. 7:55)

      8-) V.5: " O noivo demorou a chegar". Provamos nossa fidelidade com nossa perseverança e fé. Sua vinda não era para ser imediata, mas de repente. O dia da vinda do Noivo, Jesus, não nos é revelado para que cada dia seja para nós da maior importância. Na parábola dos talentos, Jesus falou a respeito de demora: "Depois de muito tempo o senhor daqueles servos voltou e acertou contas com eles." (Mt. 25:19)

      9-) V.5-b: "e todas (as virgens) ficaram com sono e adormeceram". As damas de companhia da noiva adormeceram, talvez pelo cansaço de esperar a vinda do noivo. Este "adormecer" para nós significa os demais afazeres do cotidiano que nos envolvem; mas devemos estar preparados e atentos.

      10-) V.6: "À meia-noite, ouviu-se um grito: 'O noivo se aproxima! Saiam para encontrá-lo!' Apesar de Cristo parecer estar tardando, Ele virá buscar a Igreja,a Noiva, no tempo do Pai!

      11-) V.8: "As (virgens) insensatas disseram às prudentes: 'Dêem-nos um pouco do seu óleo, pois as nossas candeias estão se apagando". É a atitude dos que desprezam a vida piedosa, humilde, contrita e cheia do Espírito Santo. Todas eram virgens, damas de honra da noiva, iam para o mesmo lugar, esperavam o noivo, levavam lâmpadas acesas, mas, à meia-noite, descobriu-se a grande diferença: faltava o azeite nas vasilhas. Vida de superficialidade!

      12-) V.9: "Elas responderam: 'Não, pois pode ser que não haja o suficiente para nós e para vocês. Vão comprar óleo para vocês'". Não podemos tomar emprestado a bênção ou a abundante graça de um irmão, nem dar vida espiritual ao próximo: É só Jesus, pelo Seu Espírito!

13-) V.10: "Vão comprar óleo para vocês'. E saindo elas para comprar o óleo, chegou o noivo." Deus convida a buscar nEle o suprimento que precisamos. Venham, todos vocês que estão com sede, venham às águas; e vocês que não possuem dinheiro algum, venham, comprem e comam! Venham, comprem vinho e leite sem dinheiro e sem custo." (Is.55:1).

      14-) V.10-b: "...As virgens que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial...". Faz-nos pensar sobre a entrada do povo de Deus alegre e feliz, vigilante e atento, perseverante e constante para a glória e gozo do Senhor. Em Ap. 19:9 encontramos: "E o anjo me disse: "Escreva: Felizes os convidados para o banquete do casamento do Cordeiro!" E acrescentou: "Estas são as palavras verdadeiras de Deus".

      15-) V.10-c: "...E a porta foi fechada." A hora da oportunidade é hoje e agora! "Amanhã pode ser muito tarde; hoje Cristo o quer libertar!", diz o poeta sacro. Adão e Eva foram expulsos do Jardim do Édem depois de sua queda no pecado da desobediência: "Por isso o SENHOR Deus os mandou embora do jardim do Éden para cultivar o solo do qual fora tirado. Depois de expulsar o homem, colocou a leste do jardim do Éden querubins e uma espada flamejante que se movia, guardando o caminho para a árvore da vida." (Gn.3:23 e 24). Noé e sua família entraram na Arca, símbolo da salvação e o Senhor fechou a porta por fora: "Então o SENHOR disse a Noé: "Entre na arca, você e toda a sua família... Então o SENHOR fechou a porta."

      16-) V.11: "Mais tarde vieram também as outras (insensatas) e disseram: 'Senhor! Senhor! Abra a porta para nós!". Fechada a porta da oportunidade, não existe o jeitinho brasileiro de quebrar o galho, nem estágio intermediário, e nem reencarnação. É a figura dos crentes relaxados que não dão o devido valor à comunhão com Deus na leitura da Palavra, na oração e no testemunho de Jesus. Acham que, no último momento, vão ler a bíblia e orar para conseguir o azeite. A teologia de Paulo é clara e definida: "...E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo." (Rm. 8:9)

      Amados, o momento de nosso encontro com Jesus está muito próximo; mais do que pensamos - seja pela nossa morte ou pelo arrebatamento da Igreja. Como está a "reserva" do azeite (Espírito Santo) em sua vida? Você está preparado para o encontro com Jesus, o Noivo? A oportunidade de nos prepararmos é hoje e agora!

      Não deixe para amanhã!

      Que Deus abençoe sua vida ricamente.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

SE PREPARANDO PARA O NOIVO

ESTUDO

      "noivo! Saí-lhe ao encontro! ”.Mateus 25:6.

      LEITURA AUXILIAR: Mateus 25:1-13; Parábolas de Jesus, 405-421.


APRESENTANDO A LIÇÃO:

      Mostrar uma lâmpada e perguntar: O que é isso? Para que serve? Mostrar a lamparina e perguntar: Sabem o que é isto? Isto é uma lamparina.

      Na época de Jesus, não havia luz elétrica nas casas e nas ruas. Quando anoitecia as pessoas usavam lamparinas e tochas para conseguirem enxergar alguma coisa.

      Certa vez Jesus estava no Monte das Oliveiras com seus discípulos e viu uma casa toda iluminada com tochas e lamparinas para a festa de um casamento.

      Ele então contou uma história sobre um casamento.

      Na região onde Jesus morava os casamentos eram um pouco diferentes dos casamentos que costumamos assistir hoje. O noivo ia ao encontro da noiva, na casa dos pais dela.

      De lá, acompanhados dos amigos e parentes, iluminados pelas tochas e ao som de uma música bem alegre, eles iam para a casa onde os dois morariam. Lá os noivos ofereciam uma festa aos convidados. Nem todos os convidados vinham junto com o noivo. Alguns ficavam no caminho, esperando pelo cortejo. De lá todos iam para a festa.

      Nessa parábola, DEZ MOÇAS SE PREPARARAM para esperar o CORTEJO DOS NOIVOS e ir com eles para a festa.

      Dessas dez moças, cinco eram ajuizadas e cinco não tinham juízo. Elas estavam muito animadas por participarem do casamento e não viam a hora de começar a festa. Como era noite e não havia iluminação nas ruas, cada uma das dez moças levou uma lamparina (mostrar a lamparina). Só que as moças ajuizadas pensaram: “Se o noivo demorar muito pode ser que acabe o óleo da lamparina e ficaremos no escuro. É melhor levar um pouco mais”. Então elas encheram uma vasilha com óleo, como prevenção.

      As moças sem juízo devem ter pensado: “Eu tenho óleo suficiente. Duvido que o noivo demore tanto. Além disso, encher a vasilha é trabalhoso e muito demorado. É melhor ir embora logo”. E não levaram óleo de reserva.

      Logo elas estavam no caminho à espera do cortejo. Imagino que elas tenham chegado muito animadas, conversando sem parar sobre como seria a festa. Só que o tempo foi passando, passando e nada do cortejo chegar. Elas esperaram e esperaram. Andar de um lado para o outro, como quem está esperando. Depois de algum tempo começaram a sentir sono e bocejar.

      Já era tarde da noite e nada dos noivos chegarem. Elas começaram a se encostar umas nas outras e nas paredes e muros à sua volta e, depois de algum tempo, todas adormeceram.
Mas sabem crianças, à meia-noite ouviu-se um grito (falar bem alto): “Aí vem o noivo, saí ao seu encontro!” As dez moças acordaram de uma vez e levantaram-se. Já dava até para ver o cortejo se aproximando. Elas começaram a arrumar suas lamparinas rapidamente.

      As moças ajuizadas pegaram o óleo das suas vasilhas e colocaram-no dentro das lamparinas, com pressa para irem logo. As moças sem juízo perceberam que suas lamparinas estavam se apagando e ficaram muito nervosas porque não tinham azeite de reserva. Elas então pediram para as moças ajuizadas darem do azeite delas. Mas todo o azeite de reserva já fora usado. Não havia sobrado nada para dar para as outras.

      As moças ajuizadas ainda aconselharam as sem juízo a irem comprar azeite e depois voltarem para encontrar o noivo. As moças tolas foram correndo tentar achar um lugar, àquela hora da noite, onde pudessem comprar azeite. Enquanto elas saíram, os noivos e seu cortejo chegaram e as moças prevenidas foram com eles para a festa.

      Mais tarde, quando todos já estavam dentro da casa, festejando, as outras cinco chegaram.

      Elas começaram a bater palmas e gritar: “Por favor, abram a porta! Queremos participar da festa também”. O noivo estranhou que algum convidado chegasse àquela hora para a festa pois ele dera tempo suficiente para que todos viessem. Chegar tão tarde era um desrespeito e o noivo achou que, com certeza aquelas moças não eram suas amigas, mas pessoas desconhecidas, querendo aproveitar-se da festa. E estava tão escuro que ele não podia enxergá-las. Ele então lhes disse: “Não conheço vocês”. E fechou a porta. As tristes moças sem juízo ficaram para fora da festa, na escuridão da rua. Esse foi o resultado de serem tão descuidadas.

      Algumas pessoas são tão descuidadas quanto aquelas moças sem juízo. Nessa história Jesus deixou claro que, quem não se preparar agora, não poderá participar da festa no Céu, quando Ele voltar.

APLICANDO:

      Mostrar duas lamparinas. Explicar como são feitas. Dizer: Na lamparina podemos entender alguma coisa sobre nossa vida. A lamparina, que produz a luz através da chama, é a Palavra de Deus, a Bíblia. Mostrar a Bíblia. Está escrito que “lâmpada para meus pés é a Tua Palavra e luz para meus caminhos”. Mas a luz da lamparina apaga-se rapidamente se não houver óleo dentro. O óleo representa o Espírito Santo de Deus. As pessoas que estão esperando Jesus voltar são como aquelas dez moças. Mostrar as dez figuras. Vejam que todas as moças têm lamparinas. Assim, todos os que esperam Jesus têm a Bíblia, que é a lamparina, e conhecem seus ensinos. Cinco moças foram prevenidas, cinco não. Algumas pessoas que esperam Jesus estão preparando o coração para o encontro com Jesus, outras não. Como isso acontece? Como o óleo da parábola deve ser guardado na vasilha, de reserva, o Espírito Santo deve ser “armazenado” também. Isso pode acontecer de várias maneiras. Sabem aquela voz que nos repreende toda vez que fazemos algo errado? É o Espírito Santo tentando nos ajudar a vencer o pecado. Quando estudamos a Bíblia e entendemos suas palavras é porque o Espírito Santo nos ajudou. Quando oramos a Deus pedindo perdão e ajuda para obedecer, o Espírito Santo vem nos consolar e fortalecer. As crianças e adultos que atendem aos conselhos dEle, conseguem entender melhor a vontade de Deus e vão enchendo suas lâmpadas.

ATITUDES DEIXAM A LAMPARINA ACESSA:

1.Ler a Bíblia todos os dias, com oração
2.Pedir a ajuda de Deus para lhe obedecer
3.Ao ouvir a voz do Espírito Santo dizendo que você não foi bondoso com os vizinhos e você vai logo pedir perdão.
4.Dizer “não” quando seus amigos chamarem para conversar fora da igreja, durante o culto.
5.Prestar atenção no culto.
6.Falar da volta de Jesus para seus colegas.

ATITUDES QUE DEIXAM A LAMPARINA APAGADA:

1.Não orar
2.Ler rapidamente a Bíblia, de vez em quando, sem prestar muita atenção
3.Ouvir a voz do Espírito Santo dizer que você mentiu para sua mãe e não confessar para ela.
4.Estudar a lição, mas deixar para obedecer só quando crescer.
5.Conversar durante todo o culto.
6.Mentir.

ESTUDO: A CEIA DO SENHOR

      POR: Pr. José Antônio Corrêa 
      1º Coríntios - 11 - 23 : 27

INTRODUÇÃO:

      1. A Ceia do Senhor, é uma ordenança dada à Igreja pelo próprio Senhor Jesus, e visa manter a unidade dos membros do Corpo de Cristo.

      2. Nesta noite, estaremos participando da Ceia do Senhor. "QUEREMOS VER ALGUNS ENSINOS SOBRE A CEIA DO SENHOR, COM BASE NO TEXTO LIDO":

I - A CEIA É UMA ORDENANÇA DE CRISTO PARA SUA IGREJA

VS. 23

      "Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão"

      1. Temos a instituição em Mt 26.26-30, "26 Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. 27 A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; 28 porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. 29 E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco no reino de meu Pai. 30 E, tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras". Evidentemente que a Ceia não foi uma idéia de Paulo ou de qualquer outro apóstolo, mas uma criação de Cristo para sua Igreja.

      2. O "eu" é enfático no texto. Ele destaca a autoridade de Paulo como interprete e representante de Cristo. Paulo apenas interpreta a vontade de Cristo para a Igreja. Não acrescenta nada!

II - A CEIA É UM SIMBOLISMO

VS. 24-25

      "24 e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. 25 Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim".

      1. Há dois elementos importantes, Pão e Vinho:

      a. Pão, Jo 6.48-51, "48 Eu sou o pão da vida. 49 Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. 50 Este é o pão que desce do céu, para que todo o que dele comer não pereça. 51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne. Jesus é o Pão da Vida. Isto simboliza o sustento espiritual. Quando o Pão é partido, significa que o Corpo de Cristo foi partido por nós. Isto deve ser feito em "memória de mim", ou seja em lembrança a tudo quanto Jesus fez.

      b. Vinho. O vinho, neste caso, representa o sangue de Cristo:

      - Rm 3.25, "25 a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos;

      - A expiação no V.T., era por meio do sangue de animais, Hb 10.1-5, "1 Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem. 2 Doutra sorte, não teriam cessado de ser oferecidos, porquanto os que prestam culto, tendo sido purificados uma vez por todas, não mais teriam consciência de pecados? 3 Entretanto, nesses sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os anos, 4 porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados. 5 Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste". Na nova aliança, houve mudança. O sangue de Cristo cumpriu todo ritual de sacrifício.

III - A CEIA DO SENHOR É UM ATO SÉRIO

VS. 27

      "Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor".

      1. "Não podemos participar dela indignamente":

      a. Participar indignamente, é participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios, 1 Co 10.14-21, "14 Portanto, meus amados, fugi da idolatria. 15 Falo como a criteriosos; julgai vós mesmos o que digo. 16 Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo? 17 Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão. 18 Considerai o Israel segundo a carne; não é certo que aqueles que se alimentam dos sacrifícios são participantes do altar? 19 Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? 20 Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios. 21 Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios".

      b. Participar indignamente, é faltar com o respeito, reverência, I Co 11.17-23, "17 No primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, vieram os discípulos a Jesus e lhe perguntaram: Onde queres que te façamos os preparativos para comeres a Páscoa? 18 E ele lhes respondeu: Ide à cidade ter com certo homem e dizei-lhe: O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a Páscoa com os meus discípulos. 19 E eles fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa. 20 Chegada a tarde, pôs-se ele à mesa com os doze discípulos. 21 E, enquanto comiam, declarou Jesus: Em verdade vos digo que um dentre vós me trairá. 22 E eles, muitíssimo contristados, começaram um por um a perguntar-lhe: Porventura, sou eu, Senhor? 23 E ele respondeu: O que mete comigo a mão no prato, esse me trairá".

      c. Participar indignamente, é estar com problemas com outro irmão do Corpo de Cristo, Mt 5.23-24, "23 Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta".

      2. Por isto é necessário fazer um exame interior, Vs. 28, "Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice". Caso não haja um concerto diante do Senhor, o participante indigno estará sujeitos às seguintes conseqüências:

      a. "Torna-se culpado do Corpo de Cristo". Isto eqüivale dizer que esta pessoa "profanou", "violou", "pecou contra", o Corpo do Senhor, Vs. 27, "Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor".

      b. Cai na "própria condenação". Temos aqui a idéia de "punição", "um veredicto judicial com sentença condenatória", Vs. 29, "pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Este juízo é visto no vs. 30.

      c. Ficará fraco em seu corpo físico, "Eis a razão por que há entre vós muitos fracos...".

      d. Ficará doente, "...e doentes..."

      e. Acabará sendo morto, "...e não poucos que dormem".

CONCLUSÃO:

      1. Há muita responsabilidade para aqueles que participam da Mesa do Senhor. É necessário que você faça um exame introspectivo, antes de comer o Pão e beber o "Cálice".

      2. Caso você não está disposto a perdoar seu irmão e insistir em tomar a Ceia do Senhor, todas as maldições citadas poderão cair sobre sua vida.

      3. O melhor não é deixar de participar da Ceia do Senhor, pois quem assim faz, Jesus disse que não tem parte com Ele, Jo 6.53, "Este é o pão que desceu do céu, em nada semelhante àquele que os vossos pais comeram e, contudo, morreram; quem comer este pão viverá eternamente".
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