sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Recebi este texto de um amigo pregador e achei mto legal, leia vc tbm!! Efésios no capítulo 1, verso 18.

"Eu oro para que iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é
a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da Sua herança nos
santos".

Você já considerou alguma vez que o seu coração possui olhos?! E que você
tem os olhos do seu coração abertos?! Se andamos na Fé é para isto que somos
chamados, o que nós vemos com os olhos do nosso coração será mais real para
nós do que o que vemos com os nossos olhos naturais. Os olhos do coração são
os olhos do Espírito que nos capacitam a ver mais longe e mais claramente do
que qualquer olho natural poderia.

Paulo orou para que os olhos espirituais dos efésios fossem abertos para que
eles pudessem saber qual é a esperança do chamado do Senhor, não a de seus
próprios chamados, e também conhecer a riqueza da glória da Sua herança nos
santos, não somente a glória de suas próprias heranças.

Há um tempo atrás o Senhor falou comigo e Ele disse que uma grande decepção
havia chegado sobre Seu povo. E que esta decepção estava superenfatizada
sobre o que nós éramos em Cristo, no lugar de quem Ele está em nós. A
palavra chave para compreendermos esta decepção é "superenfatizado". Nós
precisamos saber quem nós somos chamados para ser em Cristo, mas a
verdadeira fé não é estabelecida sobre o que nós vemos de nós mesmos, mas
vendo quem Ele É. A verdadeira visão consiste em ver a Ele, quem Ele É e
onde Ele está assentado agora. Nós nunca seremos transformados para Sua
glória olhando para quem nós somos, mas somente olhando para Ele, pois Ele
É.

Aqui está, sem dúvida alguma, o alto chamado em Cristo. Quando Paulo estava
escrevendo o livro de Filipenses, próximo ao fim de sua vida, ele declarou
que ele cria que ainda não o havia alcançado. Ele obviamente não estava se
referindo à salvação, pois ele foi salvo no dia em que ele creu. Ele estava
se referindo a este alto chamado. As Escrituras são claras quando falam
quais são os níveis de recompensa e os níveis de autoridade que serão dados
no Céu. E estes, serão determinados por nossa Fé e obediência durante esta
vida. Para alguns será dada uma cidade, para outros cinco e a outros dez,
etc. Haverão alguns indicados para se sentarem à destra d'Ele e à Sua
esquerda. Vemos em Apocalipse 7 a grande multidão dos que estão diante do
trono, mas aos que vencerem na igreja de Laodicéia, foi prometido
assentarem-se com Ele em Seu trono. Mesmo os mais conservadores líderes
evangélicos têm dito que a principal causa da fraqueza espiritual na igreja
hoje está na incapacidade de compreender isto. O que estamos fazendo aqui
terá valor eterno? Portanto, a maneira correta de atendermos a este chamado
não é buscando a nossa própria recompensa, mas buscando vir a sermos
desejosos em ver o Senhor receber a recompensa da Sua herança.

Se o próprio apóstolo Paulo não pode saber, nesta vida, sobre o que ele
havia alcançado em relação a este alto chamado, penso ser questionável que
qualquer um de nós o possa. Se Paulo pensou que ele ainda não tinha
alcançado, em que situação isso nos deixa?! Isto nos deixa onde isto o
deixou, pressionado! Isto é abundantemente mencionado nas Escrituras, o que
permanece até o fim é crucial. Como corredores na pista que só tem um único
alvo, que é atravessar a linha de chegada e que não querem correr devagar ou
cair no fim da corrida, nós devemos continuar pressionando. Quantos homens e
mulheres de Deus têm caído próximos ao fim de suas vidas?

A marca que nos tem sido dada para corrermos e alcançarmos na nossa linha de
chegada é nada menos do que a de sermos semelhantes a Jesus. Somos chamados
a sermos como Ele e fazermos as obras que Ele fez. Quem de nós nessa Terra
ainda não atentou para isto? Há alguns que eu tenho encontrado que se
aclamam como "filhos de Deus", mas que tem demonstrado serem os mais
“infantis” de todos, são como criancinhas que se vestem como “super-homens”
e começam a se achar que são os próprios.

Quando perguntei ao Senhor, sobre como saberíamos nesta vida se havíamos
alcançado este alto chamado, Ele me respondeu que nós não poderíamos saber
isto aqui na Terra. Ele disse para atendermos este alto chamado, nós devemos
ser consumidos pelo desejo de vermos Jesus glorificado, que não fiquemos
preocupados com o que individualmente havíamos alcançado, para que isto não
seja concernente ao que alcançamos e para que o orgulho não invada o nosso
coração. Esta é a razão pela qual o abrir dos olhos do nosso coração está
relacionado com o ver a Sua glória e a Sua herança, e não a nossa.

A maneira pela qual receberemos esta grande herança é não estarmos
preocupados com isto, mas preocupados em sermos completamente dedicados a
ver o nosso Senhor receber a recompensa de Seu sacrifício. Quando olhamos
para o que Ele fez por nós, deixando toda a glória que Ele tinha para vir a
Terra, vivendo como um pobre, como um homem e finalmente sendo cruelmente
executado por todos àqueles que Ele veio salvar, o que poderíamos fazer que
se compare a isto?

Eu reconheço que há, obviamente, um alto chamado. Mas eu também creio que
todos aqueles que estão demasiadamente focados e preocupados com isto
perderam o caminho e perderam a verdadeira visão. Nós só poderemos alcançar
este alto chamado olhando para Ele, não devemos olhar para nós mesmos.
Oremos como Paulo, para que os olhos do nosso coração sejam abertos para
contemplá-Lo, para o Seu chamado e a Sua herança. Só assim veremos todas as
outras coisas claramente.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

CARTA DE PAULO AOS EFÉSIOS



A cidade de Éfeso

Era uma das maiores cidades do Império Romano, capital da província chamada Ásia Menor, cujo território pertence hoje à Turquia. Localizava-se às margens do rio Caístro. Entre suas construções, destacava-se o templo da deusa Diana, também conhecida como Artêmis. Os cultos ali realizados incluíam a prostituição em seus rituais. Tal edifício estava entre as sete maravilhas do mundo antigo. O templo foi incendiado no dia em que nasceu Alexandre Magno. Posteriormente, o próprio Alexandre ofereceu-se para reconstruí-lo. Contudo, sua oferta foi recusada pelos efésios, os quais reconstruíram o santuário, tornando-o mais esplêndido do que antes. Quando escreveu a primeira carta aos coríntios, Paulo estava em Éfeso. Talvez por isso, diante da grandiosidade daquela construção, o apóstolo fala sobre a igreja de Cristo, comparando-a a um edifício. Ele menciona o processo de edificação, o fundamento, os construtores e o material utilizado (I Cor.3.9-17). Mais tarde, quando escreve aos Efésios, Paulo volta a essa comparação (Ef.2.19-22).

Havia em Éfeso uma grande biblioteca e um teatro com lugares para 25 mil pessoas assentadas. A cidade possuía o principal porto da Ásia, colocando-se, assim, na rota comercial do Império. Foi construído naquela cidade um templo para a realização de cultos ao imperador romano. Hoje, existem apenas ruínas daquele grande centro urbano, entre as quais se destaca a fachada da antiga biblioteca.

Fundação da igreja

Paulo fundou a igreja em Éfeso por ocasião da sua primeira visita, durante a segunda viagem missionária (At.18.19). Na segunda vez em que foi à cidade (At.19.1), permaneceu lá durante um período superior a dois anos. Éfeso tornou-se o centro dos trabalhos missionários do apóstolo. Naquele período, toda a Ásia Menor foi evangelizada (At.19.10). Pode ser que nessa ocasião tenham sido fundadas as sete igrejas mencionadas no Apocalipse (2 e 3).

A permanência de Paulo em Éfeso foi interrompida por uma grande perseguição. Através de suas pregações, muitos se converteram a Cristo. Com isso, o comércio das imagens da deusa Diana estava se enfraquecendo. Tomados de ira, os fabricantes de ídolos provocaram grande tumulto, tentando fazer com que Paulo fosse publicamente condenado por pregar uma doutrina que estaria "prejudicando" a cidade (At.19.21-40; I Cor.15.32). Afinal, o turismo e o comércio estavam estabelecidos sobre a idolatria. Diante de disso, Paulo se retira. Depois de algum tempo, mandou chamar os líderes da igreja de Éfeso para se encontrarem com ele em outra cidade, Mileto. Ali, Paulo se despede deles, dizendo que não mais o veriam (At.20.16-38).

Timóteo, Apolo, Áquila e Priscila trabalharam na igreja de Éfeso (At.18.18,19,24; I Tm.1.3; II Tm.4.19). De acordo com a tradição, o apóstolo João também exerceu ministério naquela cidade e ali morreu. A bíblia não confirma isso. O que temos de concreto é que João escreveu uma carta à igreja de Éfeso assim como fez a outras seis igrejas da Ásia (Apc.2.1).



A EPÍSTOLA AOS EFÉSIOS

Local de origem: Roma.

Data: entre 60 e 61 d.C.

Portador: Tíquico (Ef.6.21-22).

Tema: a unidade da igreja.

Texto chave – Ef.4.13.

Seqüência chave – Ef.1.10; 2.6, 14-22; 4.3-16.

Palavras e expressões em destaque: Mistério; "em Cristo"; graça; salvação; riqueza; igreja; unidade; vida; armadura.


ESBOÇO

1 – A igreja e o plano de salvação – 1.1-23

Saudação – 1.1-2

A origem divina da igreja – 1.3-6.

O plano de salvação – 1.7-23.

2 – A ressurreição espiritual e a exaltação do salvo – 2.1-6.

Salvação pela fé e não por obras – 2.7-10.

Os gentios estão incluídos no propósito de Deus – 2.11-13.

Não há barreiras entre judeus e gentios – 2-14-22.

3 – Os mistérios e as revelações divinas – 3.1-13.

A oração de Paulo e o amor de Cristo – 3.14-21.

4 – A unidade dos cristãos – 4.1-16.

A vida cristã prática – 4.17-21.

Velha vida x Nova vida – 4.22-32.

5 – Valores da vida cristã – 5.1-21

Amor, pureza, luz, zelo, plenitude do Espírito.

Deveres da vida cristã – 5.22 a 6.9.

6 – A luta espiritual – 6.10-18.

7 – Palavras finais e bênção – 6.19-24.



COMENTÁRIO

A carta que hoje conhecemos como "Epístola de Paulo aos Efésios", parece ter sido uma correspondência circular destinada às diversas igrejas da Ásia Menor. Seu conteúdo não é pessoal nem trata de questões ou problemas específicos de uma comunidade em particular. Não possui saudações pessoais, como seria natural em uma carta dirigida a um grupo determinado. De acordo com os estudiosos dos manuscritos do Novo Testamento, a expressão "que vivem em Éfeso" (1.1) não aparece em todas as cópias antigas. Supõe-se então que poderia se tratar de uma carta circular e que, eventualmente, alguém tenha acrescentado essas palavras quando endereçou uma cópia para os efésios. Alguns comentaristas sugerem que essa epístola possa ser a mesma que Paulo menciona em Colossenses 4.16, quando fala da carta enviada aos Laodicenses e que deveria ser lida também em Colossos.

Motivo de envio da carta

As igrejas cristãs estavam se estabelecendo em diversas cidades do Império Romano, começando dos principais centros, onde Paulo procurava concentrar suas atividades evangelísticas. Nesses mesmos centros, encontravam-se colônias judaicas, já que, por motivos diversos, milhares de judeus estavam espalhados por vários lugares. Eles se estabeleciam com mais freqüência nas principais cidades, como seria natural, uma vez que nesses locais se concentravam as atividades comerciais, culturais e religiosas, sendo os melhores campos para o trabalho e o enriquecimento.

Desse modo, em todos os lugares Paulo encontrava uma sinagoga e ali pregava para os judeus. Assim, apesar dos protestos e perseguições, alguns se convertiam. Logo estava estabelecida a igreja e sua formação incluía gentios e judeus. Percebe-se então uma dicotomia imediata na comunidade. Além disso, como era natural, a igreja era formada por homens e mulheres, servos e senhores, escravos e livres, ricos e pobres. Bem sabemos que esse cenário não era uma particularidade de Éfeso, mas característica comum a diversas igrejas. Essa diversidade de componentes da igreja, faz com que ela seja um organismo bastante eclético. Essa variedade se tornava, muitas vezes, causa de divisão, partidarismo, dentro das igrejas. Por isso, Paulo escreve aos efésios, tendo como principal tema a unidade da igreja. Seu foco está principalmente sobre a questão entre judeus e gentios. Por um lado, os judeus se consideravam como a "nata" religiosa do mundo. Então, os gentios eram vistos por eles como uma segunda categoria, até mesmo dentro da igreja. Os gentios, por sua vez, poderiam se sentir inferiorizados. Contudo, nas cidades fora da Palestina, os gentios eram os "donos da casa". Então, os judeus poderiam ser vistos como estrangeiros arrogantes que se achavam superiores aos próprios cidadãos do lugar.

Tudo isso nos mostra que era fácil que a igreja se dividisse internamente entre o grupo dos judeus e o grupo dos gentios. Então, Paulo insiste na doutrina da unidade da igreja. Afinal, Cristo chamou pessoas tão diferentes e as uniu em um corpo para que aprendessem o amor que supera todas as desigualdades e até mesmo ajuda a minimizá-las ou eliminá-las quando possível.

Unidade da igreja

Paulo menciona a localização de gentios e judeus dentro do plano de salvação e da igreja. Seu objetivo é demonstrar que no corpo de Cristo, esse tipo de diferença é irrelevante. Ele tenta fazer com que seus leitores vejam que, no passado, todos eles eram pecadores (Ef.2.1-3) e que agora todos são salvos. Estes são os adjetivos que importam. Não interessa saber quem é judeu e quem é gentio. Essas verificações só serviam para dividir a igreja. Paulo diz que agora, após a conversão, ninguém era mais estrangeiro, como se tivesse um tratamento diferente dentro da igreja. Somos todos concidadãos (Ef.2.19). Dizer isso para gentios e judeus era mostrar que não mais importava o lugar onde nasceram nem a sua origem genealógica. Agora, somos cidadãos na mesma cidade, a Nova Jerusalém. Afinal, nascemos de novo. Agora somos parte da mesma família.

Precisamos deixar de lado muitos conceitos plurais, que destacam nossas diferenças, e voltar para afirmações singulares. Por isso, Paulo usa tanto a palavra "um" e seus derivados na epístola aos Efésios:

"de ambos (judeus e gentios) fez um" (Ef.2.14);
"um novo homem" – Ef. 2.15.
"um só corpo" – Ef.2.16.
"um Espírito" – Ef.2.18.
"unidade do Espírito"- Ef.4.3.
"um corpo" – Ef.4.4.
"um Espírito" – Ef.4.4.
"numa só esperança" – Ef.4.4.
"um só Senhor" – Ef.4.5.
"uma só fé" – Ef.4.5.
"um só batismo" – Ef.4.5.
"um só Deus e Pai" – Ef.4.6.
"unidade da fé" – Ef.4.13.
"comunidade" - Ef.2.12.
"unirá" - Ef.5.31.
"uma só carne" - Ef.5.31 (fala sobre o casal e sobre Cristo e a igreja).
A palavra "todos" também demonstra o desejo pela unidade ou fala de uma situação comum: 1.15; 2.3; 3.8,9,18; 4.6,13; 6.18,24

A palavra "congregar" em 1.10, a preposição "com", o advérbio "juntamente" e outros termos semelhantes reforçam a doutrina da unidade dos irmãos em torno da pessoa de Cristo. Ele é a base da nossa unidade.

"Com" - 1.15; 2.5,6; 2.16; 3.18; 4.25; 4.28 ("com o que tiver..."); 6.9.

Em 5.7, a preposição aparece mostrando "com" quem não devemos nos associar. Não existe unidade entre o cristão e o mundano. Convivência, sim. Unidade, não.

"Co-herdeiros" e "co-participantes" - 3.6.

"Juntamente" - 2.5,6,22.

"Juntas" - 4.16.

A expressão "em Cristo", bastante freqüente nos escritos de Paulo, mostra a centralidade do Senhor Jesus no plano de Deus, na igreja e na vida do cristão. Observe esta e outras expressões similares em Efésios:

"Em Cristo" - 1.1,3,6,10,12,15,20; 2.6,7,10,13; 3.11,21; 4.32.

"Em Jesus" - 4.21.

"Com Cristo" - 2.5.

Observe a relação entre 2.12 ("sem Cristo") e 2.13 ("em Cristo"), demonstrando a situação antes e depois da conversão

A igreja - edifício de Deus

Continuando sua doutrina, Paulo mostra que somos parte do edifício de Deus, a igreja (Ef.2.20-22). Não podemos criar divisões, como se o tijolo quisesse ser superior à pedra, ou a areia melhor do que o cimento. Se formos fazer uma classificação por valor ou por importância na construção, veremos que, separado, cada item tem um preço diferente. Contudo, enquanto não for utilizado na obra, cada tipo de material corre o risco de se contaminar, tornar-se inútil e se perder. Depois de construído o prédio, este tem um valor único e muito elevado. Quando se pergunta o preço de um prédio, ninguém quer saber o valor da areia ou do cimento. A construção vale mais do que a soma dos valores nela aplicados. Juntos valemos mais do que separados. Juntos fazemos mais do que faríamos isoladamente.

Na construção, os elementos que parecem ser os mais fortes, encontram-se absolutamente dependentes dos que são reputados como inferiores. O cimento é visto como aquele que dá firmeza. Contudo, o que faríamos com ele se não tivéssemos a areia, que muitas vezes é vista como frágil e inconstante? Um vai suprir a fraqueza do outro e juntos vão formar o sólido concreto. A pedra poderia se gabar de ser a mais forte. Contudo, não se constrói um prédio usando apenas pedras. Os tijolos, apesar de mais frágeis, podem ser trabalhados com mais facilidade, podem ser quebrados, cortados e posicionados com mais flexibilidade. Sua fragilidade será superada pelo uso da areia, do cimento e da água. Os tijolos, para que fiquem mais resistentes, são submetidos à ação do fogo, o qual pode ser comparado às dificuldades, tribulações e sofrimentos da vida, que vão nos tornando mais fortes e mais resistentes (I Pd.4.12).

Depois de pronto o prédio, não se fala mais em areia, em cimento, em tijolos. Fala-se em um prédio. Apesar de estarem ali presentes as características de cada material, todos eles "perderam" sua própria identidade e são agora conhecidos como prédio. Até mesmo aquele ínfimo grãozinho de areia, agora é prédio. Assim somos nós na igreja. Ainda que você se veja como o menor, como insignificante, como fraco, Deus o vê como igreja, como corpo de Cristo. Nessa condição, consciente disso e vivendo de modo coerente, você estará revestido de uma armadura (Ef.6.10-18) e, mesmo sendo fraco, você será invencível "Quando sou fraco, então é que sou forte" (II Cor.12.10). As forças espirituais do mal não poderão tocá-lo (I Jo.5.18).

Quando o prédio está pronto, o que mais aparece não é o mais importante. Então, temos em posição de honra aqueles elementos que mais precisam dela e não os que já a possuem naturalmente. Deus coloca em destaque os mais humildes, enquanto que muitos que se julgam elevados, ficam encobertos. Isso não muda o valor de nenhum deles, apenas a aparência. A tinta, que até não está entre os itens fundamentais, é a que mais aparece e torna-se importante. A pedra, que é mais forte, torna-se invisível, colocada em lugares inferiores, fazendo parte do alicerce. Estaria ela esquecida? Talvez sim, mas desvalorizada jamais.

Em toda construção em que se usem pedras, areia, tijolos e cimento, deverá ser usada a água, que é um símbolo da Palavra de Deus (Ef.5.26). A água não fica retida na construção. Ela não faz parte do prédio, embora seja utilizada desde o alicerce até o acabamento. Da mesma forma, a bíblia não faz parte da igreja, mas sem ela a igreja não existiria.

Unidade e individualidade

Apesar de ser comparado a um edifício, a igreja não tem a mesma rigidez. As pedras vivas que compõem a igreja (I Pd.2.5) nem sempre querem ficar na posição e na função que receberam. O autor roga, suplica, aos irmãos de Éfeso que eles adotem uma postura de humildade, mansidão, e amor uns para com os outros. Com tantas diferenças dentro da igreja, essas atitudes eram imprescindíveis para que a igreja não se extinguisse (Ef.4.1-6).

Muitas vezes, os irmãos começam a promover disputas e contendas entre si. Isso, além de ser destrutivo, desvia o cristão de seu papel espiritual. Paulo diz que "a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso e contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais" (Ef.6.12). Se os irmãos guerrearem entre si, estarão dando trégua na guerra contra Satanás e, assim, só ele ficará satisfeito.

A unidade deve ser buscada mesmo que mediante o esforço. "Esforçai-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz" (Ef.4.3). A palavra vínculo significa nó ou tudo o que estabelece ligação. Nós, como cristãos, precisamos enfatizar os nossos vínculos acima das nossas diferenças. O mesmo Senhor, o mesmo Espírito, o mesmo batismo, a mesma fé, a mesma esperança, tudo isso são vínculos que nos unem. São os fundamentos do cristianismo. Não devemos nos separar por causa de questões tão menores do que o amor de Cristo. Seria correto uma igreja se dividir por causa da forma de culto, ou por causa do tipo de roupa ou por causa da comida e outras coisas semelhantes?

Em uma família, cada membro é diferente. Contudo, não vamos dispersar o grupo familiar por causa disso.

Apesar de unidos, não somos iguais. As diferenças existem e sempre existirão. Vivemos em unidade sem anular a individualidade. Por isso Paulo fala, no capítulo 4.7-16, dos dons ministeriais: "uns para apóstolos, outros para profetas..." Não devemos confundir unidade com igualdade. "A graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo" (Ef.4.7). Afinal, a unidade existe para que as diferentes partes se auxiliem e se completem (Ef.4.16). Assim, Paulo passa a usar o corpo humano como ilustração para a igreja. Cada cristão é chamado de membro, tendo posição e função definidas.

O tema da unidade nos chama a atenção para a ajuda mútua. O tema da individualidade nos lembra da responsabilidade pessoal. A obra de Deus é missão da igreja. Contudo, cada tarefa deve estar designada individualmente, pois se um serviço é de todos, normalmente ninguém o executa.

Na igreja existem homens, mulheres, servos, senhores, etc. A doutrina da unidade poderia levar a crer que agora todos são iguais. Até certo ponto, a afirmação é correta. Contudo, Paulo, no final da carta, fala diretamente às mulheres, aos maridos, aos filhos, aos pais, aos servos e aos senhores, mostrando que cada um tem um papel definido e que a situação individual deve ser respeitada (Ef.5.22 a 6.9).

Observe os textos de Efésios que tratam da individualidade por meio da expressão "cada um" ou "uns":

Ef.4.7 - Oportunidade individual.

Ef.4.11 - Dom individual.

Ef.4.25 e 5.33 - Deveres individuais.

Ef.6.8 - Recompensa individual.

Efésios – espiritualidade em alta

Havendo unidade dentro dos padrões divinos, haverá ambiente para que se desenvolva a espiritualidade. Esta palavra caracteriza bem a epístola aos Efésios. Enquanto que, aos coríntios, Paulo não pode falar como a espirituais, visto que eram carnais (I Cor.3.1), com os efésios foi diferente. O apóstolo falou sobre:

Os mistérios de Deus – Ef.1.9; 3.3; 4.9; 6.19.
Lugares celestiais – Ef.1.3,20; 2.6; 3.10; 6.12.
A graça de Cristo – Ef.1.6,7; 2.5,7,8; 3.2,7; 4.7,29; 6.24
As riquezas da sua graça – Ef.1.7; 2.7.
As riquezas de Cristo – Ef.3.8.
As riquezas da glória – Ef.1.18; 3.16.
A armadura de Deus – Ef.6.12-17.
A prática da doutrina

A espiritualidade deve se expressar na vida prática. Paulo tinha em mente essa preocupação. Vemos em algumas de suas epístolas essa divisão: em primeiro lugar ele fala da doutrina, depois ele dá conselhos práticos. A parte espiritual (Ef.1 a 3) se relaciona ao verbo "ser". A parte prática (Ef. 4 a 6) se relaciona aos verbos "andar" e "combater". Embora não sejamos salvos pelas obras (Ef.2.8-9), fomos designados para executá-las (Ef.2.10). A posição espiritual de qualquer pessoa vai produzir evidências visíveis. Ninguém poderia se esquivar dos ensinamentos do apóstolo dizendo que não tinha entendido a aplicabilidade de suas palavras. Depois de falar de fatos espirituais e regiões celestiais, Paulo parte para situações do dia-a-dia.

Se ele dissesse apenas que os efésios deveriam se revestir do novo homem (Ef.4.24), eles poderiam questionar o sentido dessas palavras. Mas o próprio Paulo explica na seqüência do texto, de 4.25 até 5.21: "Deixando a mentira, fale cada um a verdade." "Aquele que furtava não furte mais; antes trabalhe." "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe". "Não vos embriagueis com vinho". A seguir, o autor fala sobre as relações entre marido e mulher, pais e filhos, servos e senhores. Seu último assunto é a armadura de Deus, que é composta por convicções interiores e práticas exteriores, (fé e obras). Ele adverte que tomemos "toda" a armadura de Deus (Ef.6.11). Tomar apenas uma parte é inútil. De que adianta ao guerreiro proteger o coração e deixar a cabeça exposta? Que adiantará se, estando a cabeça e o coração protegidos, as pernas forem quebradas pelo inimigo? Assim, precisamos da verdade, da justiça, do evangelho, da fé, da salvação, da Palavra de Deus e da oração em Espírito. Se faltar um desses elementos, esta pode ser a brecha por onde o inimigo tentará nos destruir.

Anísio Renato de Andrade


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SEBEMGE - SEMINÁRIO BATISTA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

APOSTILA DE NOVO TESTAMENTO 2 / CARTAS PAULINAS – PARTE 2

PROFESSOR: Anísio Renato de Andrade

ANO: 2000/ 2o semestre - TURMA: 1o ano - 2o período.


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Anísio Renato de Andrade - Bacharel em Teologia

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Você não é obrigado, obrigada, a ler o texto de filipenses 1:20, nem tão pouco vive-lo. Há uma escolha para que o mundo decida. Há uma opção, um livre arbítrio pra que você eu decidamos.

Vamos ver? Mateus 16.24-27

“Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.
Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á.
Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?
Porque o filho do homem há de vir na glória de Seu Pai, com os seus anjos, e, então retribuirá a cada um conforme suas obras”.

A bíblia nos diz: “quem quiser”, ela não te ordena, não te obriga, ela te oferece as palavras de Cristo dizendo: “quem quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. Se você aceitar, tome a tua cruz. Não a deixe pelo meio do caminho, desistindo, tão fácil das coisas que Deus lhe deu para que cuidasse, pra que carregasse.

O versículo nos diz algo diário. Se você lê-lo hoje, ele traz mensagem pra continuar, negue, tome e siga. Se lê-lo amanha, as palavras não mudarão. Você advoga: “mas eu já estou seguindo a Deus. Vou a igreja, tenho comunhão com irmão,” e Deus continua a me dizer: “negue-se, tome a cruz e siga-me”.

Você não é perfeito não se iluda. Nem será. Nos transformamos de glória em glória, dia após dia, por isso a todo o momento: “negue-se, tome a sua cruz e siga-me”. Será que realmente a nossa cruz tem sido carregada? Não há nada que tenho aliviado o peso da minha cruz, deixando de carregá-la? se há: “negue-se, tome sua cruz e o siga”.

Há uma frase esplendida que diz: “meu testemunho é minha vida, se necessário usarei palavras”. Algumas pessoas aceitam a Cristo, mas não decidem viver Cristo glorificado em suas vidas.

Sabe o que Paulo queria dizer quando escrevia a carta da alegria, assim denominado o livro aos cristãos na cidade de filipos? Ele dizia: em meu testemunho, em minhas atitudes, na maneira de viver e aceitar a vida, Cristo será engrandecido.

João nos diz em seu livro: “Convém que Ele cresça e eu diminua”. Isso é testemunho. Não devo esconder minha identidade, mas sim ser achado como um deles, um dos que O segue. Negamos nossa cruz e a Cristo, todas as vezes que negamos Sua palavra. Seja dela o menor verso.

Há um livro, do estudo gestual das pessoas que se chama: “o corpo fala” eu digo, o corpo do cristão deve falar coisas boas. Seu corpo tem falado o que no grupo de amigos fora da igreja? Ser cristão, aos domingos é tão fácil. A cruz da vida cristã existe mais intensa a partir da segunda feira, pelo menos, quando não intencionalmente despercebido, podemos nota-la mais nítida, pois é quando nós devemos portar como um dos que anda com Ele!

Eu adquiri um ato maravilho: “Sou uma pessoa que não gosta de chamar a atenção e por isso minhas orações antes das refeições na fábrica onde trabalho, era de olho aberto, um simples obrigado em nome de Jesus amém. Mas percebi, meu testemunho não pode faltar agora e mesmo que todo o refeitório me olhe, quero que me reconheçam como o louco, que me julguem e dêem cruz pra carregar, mas me achem como um, dos que andam com Ele.”.

Você já foi olhado com outros olhos por fazer algo incomum, saiba até “crentes” farão isso, mas agradeça a Deus, pois te reconheceram com um dos que andam com Ele.

Há algum tempo atrás, melhor dizendo, há uns bons anos atrás, quando eu estava me preparando para o vestibular, em um curso preparatório, na volta pra casa eu me deparei com um homem, que me interrompeu gritando: "irmão, irmão, eis que vi um anjo do Senhor por detrás de você. Cristo é contigo. Você é cristão, não é?" eu o respondi todo empolgado, pois afinal haviam me reconhecido pelo meu andar com Cristo e todo feliz a ele eu disse: "Sim!! Eu sou!!" e ele me perguntava de qual igreja era e me dizia que Deus tinha grandes sonhos pra mim e no final da conversa me surpreendeu dizendo: "o irmão tem algum dinheirinho pra me doar?" Puxa, meu coração até murchou naquele instante, pois em meu bolso só havia um passe escolar (passagem para utilização de ônibus) e com uma cara de piedade, pois o queria ajudar, eu respondi: "infelizmente, não tenho." Olha meu amado, aquele querido irmão só faltou me bater. Ele fechou tanto a cara que acho que o anjo do qual ele disse de forma tão bonita já não estava mais ali. Com muita raiva aquele homem foi embora e eu disse a Deus: "ainda bem que você havia me dito que há profetas e profetas". Eu ri com Deus naquele momento.

Somos cartas lidas pelo mundo. O mundo não tem reconhecido Cristo em nós, pois não há testemunho, não há mensagem escrita em nossos atos. Não estamos vivendo Cristo. Carregue sua cruz. Não espere que suas palavras traguem atitudes a você, mas carregue sua Cruz ao ponto das pessoas verem em sua vida as maiores e mais belas palavras, mostre ao mundo Cristo em você. A criação aguarda, ansiosamente, ou seja, ela tem pressa, pela manifestação dos filhos de Deus e a sociedade nos reconhece, quando estamos carregando a nossa cruz. Você está com sua cruz hoje?

Cruz não é algo fácil, “humanamente suportável”, mas não fácil, ela é pesada, te custa. Custa a recusa de muitas coisas. A cruz é individual. Seus problemas são diferentes dos meus, por isso o pronome possessivo incluso no texto de Mateus: “sua” cruz!

Eu no período em que me afastei da igreja, há cerca de um ano atrás, pensei em largar minha cruz. É tão mais fácil apegar-se a vergonha que se tem de encarar o mundo. É tão mais simples dizer: eu odeio tal pessoa e viver como se ela não existisse. É tão mais simples não cantar, falar, viver a vida que Deus destinou pra que eu vivesse cumprir minha carreira. A minha cruz havia pesado demais.

Mas nos versos de minha bíblia não havia nenhuma recomendação para aliviar meu peso. Aliás ela nem fala “se ela pesar demais”, ela me diz: Se eu quiser segui-lo eu devo achegar-me a Deus, tomar minha cruz. Minha bíblia dá sim uma recomendação, vamos reler o verso 24: “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.”. “Negue-se a si mesmo”

Não importa seu estado de ânimo. Não importa!
“Ah, mas minha vida caminha pro buraco...” Não tente resgata-la, pois quem quiser salvar a sua vida, à perde.

Um dia nós dizemos sim a essa pergunta e quisemos, por conta própria, segui-lo. Você ainda tem levado a sua cruz? Um pedaço dessa madeira que figuramos aqui, a nossa cruz, e que muitas pessoas têm dificuldades em carregar é missões. “Ah, mas irmão, nossa igreja sempre alcançou os alvos, eu sempre entreguei o folhetim com os missionários na porta igreja.” Creiam muitos nem sabem que aqueles folhetos, não são apenas boletos bancários, há pedidos importantíssimos de orações ali.

“Ah, eu já li”, irmão você já orou pelos pedidos descritos ali?

Você sabe o valor que tem uma alma?

Uma alma custou muito caro, custou sangue de Cristo. É necessário sentirmos por ela o devido. Às vezes nos esquecemos, que as pessoas que estão iludidas em suas “felicidades” no mundo vão para o inferno. Sofrerão a segunda morte, como nos diz Apocalipse, a morte eterna. (vamos ler ? Ap. 20.11-15)

“Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
Vi também os mortos, os grandes e pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram os livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, um por um, segundo as suas obras.
Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Essa é a segunda morte, o lago de fogo.
E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”.

Algumas vezes até desejamos que algumas pessoas vão mesmo para o inferno. Triste não? Mas é o que tem acontecido. É urgente! É pra hoje! Você sabe quando Cristo vai vir? Fiquem como atalaias. Anunciem as boas novas! Grite, exclame, nas praças que os mendigos habitam pela noite, nos morros da violência desenfreada, nas esquinas imundas, grite em você. Por quem você daria a sua vida?

Não queira dar-se a si mesmo, pois quem tentar salvar a sua vida?... E quem perder sua vida, por amor de mim, a encontrará.

Negar a si mesmo, tomar a sua cruz, não é simplesmente amar os próximos a nós. É amar a quem nos quer mal, pois desejamos salvar o que se perde, pois a palavra de Deus não é para os sãos, mas sim para os doentes.

Que ressoem em nossos ouvidos, as vozes do mundo, como daquela mulher de mulher que clamava. Que essas vozes nos acompanhe a ressoar: “não desista de nós” Se você não pregar as pedras clamam por socorro!

Eu compus uma música a um bom tempo atrás que me ensinou muito e diz:

“Se as feridas me doem não recearei,
Se a cruz for pesada a carregarei,
Nunca o Teu serviço eu não cumprirei.
Eu quero ser igual a Jesus”

Cantar isso pra mim é maravilhoso, melhor ainda é poder reconhecer que tenho vivido tal mensagem.

Há uma frase de Drumonnd de Andrade, em um poema denominado “recomeçar”, que diz: você é aquilo que você ouve. E somos mesmo. Precisamos de conselhos na maioria de nossas decisões, se achamos algo afável aos olhos, queremos igual. Então ouça então e exemple-se nisto:

“Aguardo ansiosamente e espero que em nada, (atente pra isso) nada serei envergonhado. Ao contrário, com toda a determinação de sempre, também agora Cristo será engrandecido em meu corpo, quer pela vida, quer pela morte”. Filipenses 1.20

Seja pela vida de Cristo, vivendo os dias de Cristo hoje. Preá que ele viva e seja glorificado em nossos corpos. Seja pela morte de meu eu, do meu ego, do meu peito estufado, da minha vergonha, do meu pecado. Cristo será engrandecido, seja pela vida, seja pela morte.

Pense, reflita. Ás vezes, falamos a palavra da Deus “ao léu” ao vento, à toa e nem percebemos a tamanha responsabilidade das verdades que estamos a nos comprometer.

Boa semana,
Deus Te abençoe!

Matheus Gerhard.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O Clamor de um Justo, Deus responde!
Ap. Renê Terra Nova

“Clama a mim e responder-te-ei e anunciar-te-ei, coisas grandes e firmes que ainda não sabes.” (Jr 33:3)

Introdução

O clamor citado no versículo acima é o poder da intercessão. A Bíblia nos ensina que devemos entrar no mundo espiritual com autoridade, pelo novo e vivo caminho que Yeshua inaugurou para nós. Esse tipo de intercessão é um grito de intensidade para que seja ouvido nas regiões celestes. Muitas vezes, somos mui tímidos, não sabemos orar, buscar a Deus e tomar posição da nossa herança. “O homem de bem deixa uma herança aos filhos de seus filhos, mas a riqueza do pecador é depositada para o justo.” (Pv 13:22)
A intercessão abre os céus sobre a nossa cabeça, e traz uma bênção especial sobre a nossa vida. Deus tem projetos para filhos que geram intimidade com Ele, mas despreza os que fazem a rota da maldade. O Senhor Se alegra com um filho que sente desejo pelo caminho da intimidade com Ele, e que faz uma senda de comunhão para entrar na Sua sala e se deliciar nos Seus banquetes. Existe uma bandeira estendida sobre esses, é a bandeira do amor! “Levou-me à casa do banquete, e o seu estandarte sobre mim era o amor.” (Ct 2:4)

Precisamos orar para que coisas grandes e significativas aconteçam no nosso histórico. Somos construtores de histórias novas, e a intercessão é a ferramenta precípua para que esses milagres se manifestem. Por um acaso nos aconteceria uma grande mudança sem que alguém gerasse ou que tivesse sido gerada por outrem? Não! Por isso, precisamos, como Justos, gerar tudo pela intercessão. Então, o que devemos fazer?


1. Clamar como Justo – Para ter uma nova história

Precisamos escrever uma nova história, a história de campeões que não se deixam abater pela corrida desonesta desta vida agitada. São homens e mulheres que têm os olhos voltados para o Trono, para o alto, para o socorro e a ajuda, que não falha jamais. “Elevo os meus olhos para os montes, de onde me vem o socorro? Meu socorro vem do Senhor que fez os céus e a terra.” (Sl 121:1-2). Homem, mulher, casais, que decidem trilhar para o Trono, e buscar o socorro do alto. Pela oração, conhecem o Deus que responde a filhos, pois O têm como Pai.

O Senhor nos ensina a clamar, e essa palavra no hebraico é similar a ‘gerar com intensidade, fazer acontecer pela insistência, persistir até que a porta se abra, tomar posse de uma promessa até que se manifeste’. Vemos que esse texto fala de uma atitude no mundo espiritual. Precisamos entrar com autoridade na presença de Deus. Não existem limites para quem ora. O inimigo teme um líder que ora, pois ele sabe que o canal da intimidade com o Pai estará aberto. Os gritos das intercessões – “Clama a mim!” – são estimulados pelo próprio Deus, para que possamos entrar num outro nível de comunhão.

Nenhum ser humano vai obter uma história de êxito se não ousar entrar na intimidade com Deus. A glória do mundo é passageira, a herança do justo é eterna. “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano. Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado. Por isso, todo aquele que é santo orará a ti, a tempo de te poder achar; até no transbordar de muitas águas, estas não lhe chegarão. Tu és o lugar em que me escondo; tu me preservas da angústia; tu me cinges de alegres cantos de livramento.” (Sl 32:1-7).

Essa é a sorte do Justo. Só escreveremos uma verdadeira história se o Senhor for o pergaminho, e a Sua palavra a tinta, e a Sua mão a caneta espiritual para mudar a nossa história e nos dar uma nova alegria.


2. Clamar como Justo – Para Deus responder

‘Clama a Mim’. Para quê? Para termos repostas. Hoje o mercado está cheio de propostas da doutrina do comportamento, da confissão positiva. A ciência do comportamento está estimulando aos seus leitores, que são milhões, a entrarem numa busca sem resultado, pois é a doutrina da auto-ajuda e não da ajuda do Alto. Nós podemos ter uma mente programada apenas no efêmero e não no necessário. A Palavra nos estimulará a entrarmos com ousadia na presença do Senhor. Busque do Alto a ajuda! “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus,” (Hb 10:19)

Isso significa que uma geração vai frustrar-se de buscar ajuda em homens, em indivíduos, em coisas e em situações confortáveis. Nós precisamos de Deus. Esse clamor deve ser direcionado para o Pai. A Bíblia diz que, quando Jesus orava, olhava para o alto e dizia: Pai, eu sei que tu sempre me ouves! “E Jesus, levantando os olhos para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves...” (Jo 11:41-42)

Precisamos fitar os nossos olhos para o alto e clamar, gerar com intensidade situações favoráveis. As realidades podem mudar quando clamamos a Deus. Ele é responsável quando o princípio é gerado. É impossível uma pessoa, por mais despreparada que seja, entrar na presença de Deus, clamar a Ele com toda a sua intensidade, e não ser ouvida. Seja o lugar mais terrível que for, se clamar, Deus ouve. “E orou Jonas ao Senhor, seu Deus, das entranhas do peixe. E disse: Na minha angústia clamei ao Senhor, e ele me respondeu; do ventre do inferno gritei, e tu ouviste a minha voz (...) Falou, pois, o Senhor ao peixe, e este vomitou a Jonas na terra seca.” (Jn 2:1-10)

Por isso que, quando clamamos, sabemos que Deus nos responde. Não podemos ficar estáticos diante das circunstâncias, nem perdermos tempo diante do dia mau. Chegou o tempo da oportunidade, então vamos clamar a Deus, e as respostas estarão na nossa casa, na nossa família. Lembre-se: mesmo nas situações que não são favoráveis, ou em lugares terríveis, quando clamamos, o Senhor nos responde!

3. Clamar como Justo – Para Deus nos honrar

Precisamos ser honrados. Os justos não serão desamparados. Mas o nosso clamor, o gerar com intensidade, é necessário para que a honra do Senhor nos assista. Quando guardamos o princípio, Deus tem prazer em estabelecer o Seu plano e projeto. Muitos que estão sendo alcançados por essa palavra serão poderosamente honrados por Deus. O clamor do Justo toca o Trono de Deus e a resposta dEle é honra para seu filho.

A Palavra diz em Isaías 58:1 a 8, que devemos clamar a Ele com toda força do nosso pulmão, como voz de Shofar, como voz de trombeta, e a maldição de Jacó será arrancada e a bênção de Israel virá sobre a nossa casa e descendentes. Também, afirma esse texto, que nosso grito será ouvido nos céus da presença do Senhor, e a nossa cura virá apressadamente.

“Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados. Todavia me procuram cada dia, tomam prazer em saber os meus caminhos, como um povo que pratica justiça, e não deixa o direito do seu Deus; perguntam-me pelos direitos da justiça, e têm prazer em se chegarem a Deus, dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos as nossas almas, e tu não o sabes? Eis que no dia em que jejuais achais o vosso próprio contentamento, e requereis todo o vosso trabalho. Eis que para contendas e debates jejuais, e para ferirdes com punho iníquo; não jejueis como hoje, para fazer ouvir a vossa voz no alto. Seria este o jejum que eu escolheria, que o homem um dia aflija a sua alma, que incline a sua cabeça como o junco, e estenda debaixo de si saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aprazível ao Senhor? Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne? Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda.” (Is 58:1-8)

Queridos, somos uma Geração de Justos, que aprendemos a gritar diante do Senhor, crédulos que Ele nos ouvirá e mudará a nossa sorte. Ele mesmo curará a nossa ferida, ligará as nossas enfermidades, encherá de alegria a nossa casa, e romperá de glória a nossa história.

Este é o tempo da intercessão, é o tempo da busca, é o tempo da oportunidade, é o tempo da visitação. Virá uma nuvem de glória sobre a nossa casa, sobre a nossa família, sobre o nosso bairro, sobre a nossa cidade, sobre o nosso estado e sobre a nossa Nação. É uma nuvem nova sobre nós, por causa da intercessão dos justos. É um tempo de oportunidade, e haverá uma explosão de salvação, pois o tempo do Senhor chegou no nosso arraial. Esta é a hora!

Conclusão

Somos justos, e o Senhor tem prazer em nos responder, e nos revelar coisas grandes e firmes. Estamos crédulos que se instalou um novo tempo sobre nós. Gerar com intensidade. Esse é o desejo de todos. Precisamos ser intensos em tudo que fazemos. Precisamos ser intensos e gratos por tudo que Ele faz por nós. Claro que precisamos ser ministrados, pois alguns estavam abatidos no meio do caminho. Como pais, precisamos ser intensos, como funcionários ou patrões, precisamos ser intensos, como cidadãos nessa sociedade, precisamos ser intensos. Tudo que vier a nossa mão para fazer, sejamos intensos! É o poder da intercessão de um justo.

Os justos estão gerando uma geografia nova. Nossa cidade está debaixo do decreto de Iavé Shamá, o Senhor está aqui. Este é o tempo em que Deus usará a nossa boca, e juntos mudaremos o histórico da nossa vida e daqueles que nos rodeiam. Este é o tempo de Deus construir as Suas novidades em nós. Você quer? Você está desafiado? Você deseja isso para sua vida e família?

Então, como Justo, entre na presença do Senhor. “Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que ainda não sabes”. Quer saber? Então, grite, clame! Chegou a sua hora. Gere situações favoráveis, pois você é um intercessor!


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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

“DE VOLTA A CASA DO PÃO”
( 2657 visitas )

Publicado em: 29/3/2008
Por: Pr. Alexandre Augusto
Quadrangular - Itajubá/MG
pastoralexandreaugusto@bol.com.br
Bíblia Virtual
Versão impressora


“DE VOLTA A CASA DO PÃO”


Pr. Alexandre Augusto
Data: 23/03/08
Igreja do Evangelho Quadrangular
Itajubá/MG
pastoralexandreaugusto@bol.com.br


“LEIA ESTA MENSAGEM, ELA IRÁ LHE MOSTRAR ALGO QUE COM CERTEZA VOCÊ PRECISA SABER, PARA EDIFICAR SUA VIDA”.

TEXTO:
Rute – 1: 1 a 6
1. E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; por isso um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele e sua mulher, e seus dois filhos;
2. E era o nome deste homem Elimeleque, e o de sua mulher Noemi, e os de seus dois filhos Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá; e chegaram aos campos de Moabe, e ficaram ali.
3. E morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com os seus dois filhos,
4. Os quais tomaram para si mulheres moabitas; e era o nome de uma Orfa, e o da outra Rute; e ficaram ali quase dez anos.
5. E morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando assim a mulher desamparada dos seus dois filhos e de seu marido.
6. Então se levantou ela com as suas noras, e voltou dos campos de Moabe, porquanto na terra de Moabe ouviu que o SENHOR tinha visitado o seu povo, dando-lhe pão.

Ø INTRODUÇÃO
Esta mensagem irá dar a muitos leitores motivos suficientes para não tomarem decisões impensadas, pois o que começa errado também terminará errado e se tem uma lei estabelecida por Deus e que é fantástica, é a lei da semeadura, e que eu entendo da seguinte forma: “ninguém é obrigado a plantar nada nesta vida, mas tudo o que se planta é obrigado a colher”. A vida é assim, se você quer que alguém te ame, você deve plantar amor na vida dele, mas se você quer ter dons, deve plantar jejuns e orações, e se você que ser abençoado deve plantar obediência e fidelidade, e é sobre isto que vamos ver, um homem que não foi fiel para com Deus, e muito menos usou de fidelidade para com o Senhor.
O livro de Rute não é um livro comum, bem sei que todos os livros contidos na bíblia não são, mas o livro de Rute para mim é um poema, um romance, e creio eu, inspirado por aquele que sabe tudo sobre romance, Jeová, o verdadeiro cupido. Segundo alguns teólogos, o livro de Rute teria sido escrito pelo profeta Samuel, também devido à citação da linhagem de Davi, e eu creio assim, pois somente um profeta poderia ter sido tão sensível à voz de Deus para nos deixar um romance tão maravilhoso. Por isso abra seu coração e desfrute dessa mensagem.
Ø A PARTIDA PARA A TERRA MALDITA
A família em questão morava em Belém de Judá, e Belém significa casa do pão, e no original a bíblia diz que ouve rumores de fome, e diante deste rumor de fome, Elimeleque decide partir da casa do pão para as terras de Moabe, terras malditas, pois os Moabitas embora irmãos dos Israelitas eram filhos do incesto de Noé com suas filhas, terras malditas. Agora, como pode alguém morando da casa do pão mudar-se para as terras malditas? O que me chama a atenção é que vejo naquela família pelo menos três motivos para que eles não fossem para as terras de Moabe, as terras malditas, pois eles pertenciam ao povo escolhido por Deus, moravam nas terras que manavam leite e mel, e aquele pai não tinha só um filho homem mais dois filhos homem, o que era uma grade benção no contexto da época.
O relato bíblico diz que Elimeleque partiu com sua família para as terras de Moabe. A bíblia não diz que Elimeleque pediu conselhos a Deus, mas tomou a decisão, e também não pediu a opinião para sua esposa e nem para seus filhos, nos mostrando que se tratava de um homem auto-suficiente para seguir o seu caminho.
Quantas pessoas deixam a casa do pão só porque ouviram rumores de tempestades, rumores de calúnias, ou outras coisas quaisquer. Ainda que tudo isso venha, nunca saia da casa do pão.
Diante dessa situação Elimeleque vende tudo e com o dinheiro que conseguiu foi para Moabe, e a história diz que as terras lá eram muito mais baratas do que as terras de Israel, o que me faz crê que Elimeleque comprou muito mais terras e começou a cultiva-las. Quero crer também que aquela família começou a prosperar, mas em um coração ardia a saudades pelas terras de Belém de Judá.
E naquele lugar seus dois filhos, Malon e Quilion se casaram com mulheres Moabitas, sendo elas Orfa e Rute. Orfa significa “corsa nova”, o que nos leva a pensar em sua beleza, e Rute significa “amizade”. Assim elas aumentam a família.
Talvez, Elimeleque até tenha ficado contente com sua pseuda prosperidade se esquecendo dos tempos em Belém de Judá, quando vivia na dependência de Jeová. Então olhando para seus celeiros ele se alegrado na fartura, porém em um dia daqueles a morte bate em sua porta, e leva Elimeleque, o engraçado é que seu nome significa “o meu Deus é rei”, mas ele não vivia o que era, Deus parece nunca ter sido o rei da vida daquele homem. Talvez, inspirado nesta história, Jesus tenha contado uma outra em que dizia que um homem abrindo as portas de seu celeiro disse: “farta-te ó minha alma. Louco! Esta noite pedirão a tua alma. E o que tens preparado, para quem será?” (Lc 12:20). Assim foi com Elimeleque, se mostrando um louco acreditando que poderia prosperar em uma terra maldita. Saiba meu amado irmão, que no mundo não há prosperidade que te sirva, pois a verdadeira prosperidade só está na casa do pão, na padaria de Jeová, pois esta nunca, jamais, irá à falência, ela sempre terá o seu pão de cada dia.
Mas a desgraça de estar longe da casa do pão, da padaria de Jeová, não veio sozinha, e quebra a dona morte leva também Malon e Quilion, os dois filhos de Elimeleque.
Agora a cena é catastrófica, três viúvas em uma mesma casa, três mulheres, desamparadas e sozinhas em uma terra maldita, pois perderam seus amados. Lembre-se que no mundo você só tem prejuízos e perdas. O mundo jaz no maligno (I Jô 5:19), e o maligno veio somente para matar, roubar e destruir (Jô 10:10), então, lugar de crente não é em Moabe, mas sim em Belém, onde o pão é farto e mesmo com rumores de fome o dono da padaria não vai falir.
Ø DE VOLTA PARA A CASA DO PÃO
Perguntei a Deus, por que tanto sofrimento na vida de Noemi? E o nome Noemi significa “amável, agradável”, e por que sendo ela agradável e amável, Elimeleque não a deu atenção? No que ela teria contribuído para toda aquela desgraça?
Então Jeová me disse que naquela família somente a matriarca era realmente crente, e nunca foi do agrado de Noemi ter saído de Belém, e que em todo o tempo ela sempre sentiu saudades de sua terra natal.
Porém ouvi-se em Moabe, que Jeová havia visitado o povo, e Noemi resolve deixar aquelas terras e IR DE VOLTA A CASA DO PÃO, e agora Noemi chama suas noras e diz a elas que voltem para casa de seus pais, pois ela não poderia cuidar delas, e nem tão pouco dar-lhes filhos. A História bíblica diz que na hora da despedida elas choraram, porém Orfa vendo que sua velha sogra não poderia realmente ajuda-la resolve voltar para a casa de seu pai. Porém Rute olha para Noemi e diz a ela: “Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus; Onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada. Faça-me assim o SENHOR, e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti”. Agora, porque Rute teria decidido ficar com sua sogra? Era quase provável que elas realmente morreriam. Então vejo que Noemi seguia os mandamentos de Deus, e suas palavras fizeram Rute se apaixonar pelo Deus de Noemi. Aqui começa nossa mensagem.
Quando imaginei a cena de duas viúvas vestidas de preto, andando pelo deserto, eu chorei ao imaginar tanta tristeza, mas foi aí que Jeová me fez lembrar que aquilo que os olhos não viram e o que ainda não subiu ao coração do homem é o que Ele tem preparado para seus filhos. Então comecei a ficar feliz por Noemi deixar tudo e voltar para a casa do pão, agora levando consigo uma linda jovem, que embora viúva, cria no Deus de Israel.
Mas lá no céu vejo o grande Jeová assentado e vibrando com esta história, vendo não duas viúvas, mas duas guerreiras voltando para a casa do padeiro eterno.
Chegaram e Belém de Judá, e imagino a cara do povo, desprezando a Noemi por ter deixado ou abandonado a terra que mana leite e mel, mas eles não sabiam que a culpa era de Elimeleque. Mas Deus não se importa com as opiniões de pessoas de mente pequenas, e começa agir na vida daquelas mulheres.
Rute deixa Noemi e vai procurar emprego, e talvez Noemi lhe pergunta, como poderia uma jovem que sempre foi dona de casa arrumar serviço? Ela responde o seu Deus agora é o meu Deus, e se Ele abriu o mar vermelho, Ele também abrirá uma porta para mim. E Rute sai e encontra uma fazenda e começa a colher espigas de cevada, e lá no céu o criador do romance esta vendo tudo.
Deus está te vendo, pode passar pelo vale, pelas águas, ou pelo fogo, Ele está te vendo, e jamais te abandonará, pois eu sempre digo que a última palavra é de Deus e não do diabo.
Rute se encontra com Boaz e ele depois de levar uma flechada do verdadeiro cupido se apaixona por ela, e Rute se casa com Boaz, e de viúva desamparada passa a ser a dona da fazenda. E Noemi, de viúva desamparada, condenada à morte pelas circunstâncias da vida passa a ser aquela que cuidaria do avô do futuro Rei de Israel, pois se casando com Boaz nasce Obede, pai de Jessé, que foi pai de Davi. Tudo porque elas decidiram VOLTAR A CASA DO PÃO.
Ø CONCLUSÃO
Gostaria de transmitir a todos, com esta mensagem que hoje ainda existe a casa do pão. Muitos se desviaram indo para as terras de Moabe, terras de maldição e lá perdem coisa que amam. Hoje Moabe é o mundo, e o mundo está tragando vidas, e vidas preciosas. Mas como eu disse a casa do pão ainda tem pão em fartura. Outros ainda não conhecem a casa do pão e ficam em Moabe como foi com Rute, e para isto Deus me colocou esta palavra, para mostrar a todos onde fica a casa do pão.
A casa do pão, a padaria de Jeová, são as igrejas que pregam o verdadeiro Evangelho, e Evangelho significa boas novas, e as boas novas são:
JESUS CRISTO SALVA, sua vida do inferno;
JESUS CRISTO CURA, seu corpo de qualquer enfermidade;
JESUS CRISTO BATIZA COM O ESPÍRITO SANTO, te dando poder e dons;
JESUS CRISTO VOLTARÁ, para buscar sua igreja.
Este é o pão que as verdadeiras igrejas devem distribuir. E você não deve ficar nas terras de Moabe, volte hoje as terras que manam leite e mel, as igrejas. Ali Deus colocará em sua vida um Boaz, que irá te remir e cuidar de ti, tão somente creia que na casa do pão você terá toda a fome saciada, pois o pão que esta casa dá é JESUS O PÃO DAVIDA.

Pr Alexandre
Contatos: 0XX(35)3621.16.17
Ou 0XX(35)9199.71.01

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Escatologia
O Reino de Deus no Futuro - I O Arrebatamento – Primeira Parte
Leitura: I Ts. 4.13-18

Versículo para Memorizar: I Ts. 4.16, “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.”

Introdução – Por entrarmos nas fases da segunda vinda de Jesus Cristo, uma área que parece ser preferida entre diversos grupos de religiosos e, portanto com várias explicações, a sabedoria pede que lembremos que Deus é o Autor da Bíblia e o espírito da profecia contida nela é o Seu Filho (Ap. 19.10). Não é propício buscar entendimento além daquele que engrandece Cristo nem deleitar naquilo que não promove a submissão dos Seus súditos a Ele. Infelizmente muitos estão zelosamente interessados nos eventos e detalhes do futuro Reino de Deus, mas, estão sem nenhum desejo de submeter-se ao Rei deste Reino no presente tempo. Como sempre, Deus deseja a submissão interna mais do que as aparências exteriores (I Sm. 16.7, “Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração.”) Não seja levado pelo embalo de sensacionalismo escatológico. Procure o entendimento que leva a maior submissão a Cristo e melhor obediência à Palavra de Deus.

O Literalismo e A Espiritualização

A maneira da sua interpretação da profecia determina a sua preparação para os eventos dela. Se a profecia é espiritualizada, a responsabilidade prática será minimizada. Porém, se a profecia for interpretada literalmente, a obediência ativa é estimulada. Somos literalistas, ou textualistas, por que cremos que quando Deus deu a revelação, Ele a deu para ser observada. O Pastor Huckabee salientou na primeira lição “cremos que a obscuridade deliberada é impensável numa revelação”. Se para Deus pertencem as coisas encobertas e se as reveladas pertencem a nós e a nossos filhos para sempre (Dt. 29.29) devemos procurar o entendimento que Ele deixou para nós, ou seja, aquilo que é claramente revelado. O oposto da interpretação literal é a espiritualização. Essa não sempre faz jus ao intento do Autor pois envolve interpretação particular. Mas, sabemos que “nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação” (II Pe. 1.20). É observado que a prática de preferir a espiritualização das passagens bíblicas tende a encher o ego do pregador e muitas vezes é a causa da sua popularidade. O pregador que faz a espiritualização do seu método preferível de interpretar as Escrituras incentiva a sua própria popularidade. Logo ele é conhecido como alguém que percebe o conhecimento que não foi descoberto por todos os eruditos na antiguidade. A popularidade de um pregador não é uma base adequada para incentivar qualquer estilo de estudo bíblico (I Co. 2.1-5; Gl. 1.10, “Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.”). Uma base melhor é a fidelidade Àquele que deu a Palavra. Portanto, busque a Jesus Cristo na profecia e procure conformar-se à Sua imagem, pronto para obedecer-lhe e incentivar os outros a obedecer também.

Mesmo entendendo que Deus nos revelou a Si mesmo e a Sua vontade ao homem usando termos que o homem pode entender, não descartamos a verdade que a interpretação dessa clara revelação de Deus não é sempre imediata. É necessário olhar o contexto, as situações culturais e históricas do instrumento humano bem como fazer investigações gramaticais do texto. Sensitividade às regras e aos princípios de interpretação que levam à consideração da totalidade das Escrituras não deve ser inimiga de literalismo.

Como fomos relembrados antes “se o sentido comum de uma palavra faz sentido, então não busque outro sentido” queremos entender que pode ter aplicações individuais em textos literais que são edificantes, mas “o senso divino prevalece primeiro e a nossa aplicação deve ser respeitada somente se estiver em harmonia com outras porções das Escrituras Sagradas” (C. H. Spurgeon, tradução livre).

Existem fases, ou estágios na segunda vinda de Cristo. A ordem correta destes estágios não sempre é aceitável entre os irmãos. As convicções fortes não devem ofuscar, ou eliminar o amor Cristão para com os que não concordam conosco. Se o testemunho de Jesus é o espírito da profecia (Ap. 19.10), devemos procurar-lO em tudo e não a concordância de outros à nossa interpretação.

O Arrebatamento – O próximo e grande evento escatológico é o arrebatamento dos Cristãos. Cristo virá nas nuvens para levar os Cristãos mortos e vivos ao Seu encontro nos ares antes do período da tribulação.

O que Significa a Palavra “Arrebatamento” - O verbo “arrebatar” é usado na Bíblia não menos que sessenta e três vezes (41 no Velho Testamento e 22 no Novo Testamento). No Velho Testamento existem várias palavras hebraicas traduzidas para as diferentes conjugações do verbo ‘arrebatar’. Uma dessas palavras hebraicas é o verbo ‘nasa’ que significa ‘levantar’ (#5375, Strong’s, Is. 64.6). No Novo Testamento o verbo em português “arrebatar”, de uso em I Ts. 4.17, vem de uma palavra grega (#726, arpazw, Strong’s), que significa a mesma coisa do verbo ‘arrebatar’ em português, ou seja, tirar com violência ou força; arrancar; levar, desprender, de um ímpeto (Dicionário Aurélio Eletrônico). Portanto, o arrebatamento dos santos é caracterizado pelo levantamento súbito de algo. Pelas Escrituras sabemos que os Cristãos serão tirados com ímpeto quando Jesus vier para receber o Seus nos ares.

O Ensino do Arrebatamento - Essa posição escatológica é claramente ensinada pelo Espírito Santo nos ensinos do Velho e do Novo Testamento. O Apóstolo Paulo menciona algo sobre a segunda vinda de Cristo em cada capítulo das suas epístolas à igreja em Tessalônica. Particularmente sobre o arrebatamento ele diz: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.”, I Ts. 4.16-18.

Quando Será o Arrebatamento - Na passagem de I Ts. 4.16-18 o apóstolo Paulo liga a consolação dos Cristãos ao evento do arrebatamento. Isso indica que o arrebatamento será antes da tribulação. Desde que a tribulação é um período da ira de Deus sendo derramada sobre os que não são convertidos e aguda perseguição contra os que vierem a ser convertidos durante esta fase difícil, pouca consolação teria o arrebatamento dos Cristãos se passassem por ela. A consolação é entendida pois os que estão em Cristo estarão com Ele nesse período de tribulação.

Depois da conversão temos oportunidades de servir a Cristo. As dificuldades dessa fase presente são amenizadas pela esperança da vinda de Cristo que “nos livra da ira futura” (I Ts. 1.7-10). Mesmo que somos salvos da eterna ira de Deus sobre os nossos pecados pelo sangue de Cristo, somos também livres da ira que Deus derramará sobre essa terra durante a tribulação pela vinda do Nosso Salvador no ar para recolher os Seus.

No livro de Apocalipse, João foi comissionado a escrever “as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer” (Ap. 1.19). Portanto, o conteúdo do livro de Apocalipse trata das coisas que revelam Jesus Cristo nessa ordem: o passado, o presente e o futuro. O capítulo primeiro de Apocalipse fala do passado, o “que tens visto”; os capítulos dois e três tratam do presente, “das que são”, ou seja, o tempo da igreja na terra, e os capítulos quatro até o fim do livro tratam do futuro, as coisas “que destas devem acontecer” (Ap. 4.1). É notável observar o fato que entre os capítulos seis e dezenove, o período da tribulação, a igreja não é mencionada ou incluída nos acontecimentos relatados na terra. Esse fato deixa claro que as igrejas de Cristo não estarão presentes neste período. Pode ser que a chamada de João ao céu, pela voz “como de trombeta” (Ap. 4.1) seja uma alegoria do arrebatamento dos santos quando “com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus” são arrebatados a encontrar o Senhor nas nuvens para assim estar “sempre com o Senhor” (I Ts. 4.17).

Mais Três Razões Por Que o Arrebatamento Será Antes da Tribulação - Vamos estudar mais particularmente as duas fases da Vinda de Cristo depois, mas, convém considerar três razões observadas pelo Pastor Tom Ross por que os santos serão levados à casa do Pai antes da tribulação.

Primeiramente para evitar todas estas coisas que hão de acontecer na terra durante a tribulação (Lc. 21.25-36, v. 36, “Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem.”). Ap. 3.10 também ensina como Deus guardará os Seus fiéis “da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo”. É aceitável considerar que esta profecia aponta à tribulação que veio no ano 70 d. C. quando o general Tito destruiu a Jerusalém. Todavia, uma passagem pode ter alvos duplos e assim apontar à profecia que tem cumprimento tanto imediato quanto futuro.

Em segundo lugar, são levados para a casa do Pai no céu para serem julgadas as suas obras diante do Tribunal de Cristo. Nota que Lc. 21.36 ensina o propósito dos fiéis sendo arrebatados é para estarem “em pé diante do Filho do Homem”. Estarão em pé diante de Cristo para que cada um dos Seus “receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.” (II Co. 5.10; Rm. 14.10). Os galardões dos Fieis são guardados no céu (Mt. 5.12, “Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.”). No céu as obras dos Cristãos serão julgadas e não no julgamento do trono branco (Ap. 20.6, 11-15). No Tribunal de Cristo, os participantes da primeira ressurreição terão as suas obras de obediência à Palavra de Deus julgadas (I Co. 3.10-15)..

A terceira razão que os santos são levados para a casa do Pai antes da tribulação é para participarem nas bodas do Cordeiro onde a Sua Noiva será revelada aos exércitos nos céus. Um grande número dos santos nos céus será chamado à ceia para testemunhar as bodas do Cordeiro com a Sua Noiva (Ap. 19.6-9). Os que compõem a Noiva de Cristo são os Cristãos que perseveraram durante seu tempo na terra (Ap. 3.4, “Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso.”) Essa ceia será no céu logo antes da segunda fase da vinda de Cristo. Portanto, precisam estar lá.

Quando Cristo vem para estabelecer o milênio na terra, virá com os exércitos no céu que são vestidos de linho fino, branco e puro (Ap. 19.14). Estes virão com Ele por que estão com Ele, e estão com Ele pois foram arrebatados da terra antes deste tempo (T. Ross, pgs. 70-72).

Portanto - Há muitos benefícios eternos fazer parte do Reino de Deus. Este Reino está na terra agora. Há tempo para fazer parte dele. Arrependei-vos e creia no Evangelho, ou seja, em Jesus Cristo.

O Reino de Deus no futuro dará galardões baseados na sua fidelidade ao Rei na fase do Reino de Deus no tempo presente. Há tempo para servir em obediência amorosa ao Rei Jesus pela Sua igreja local (Hb. 10.25), amando mais e mais os irmãos e os de fora (I Ts. 3.12-13). Há tempo para orar sem cessar e ainda pregar o Evangelho aos perdidos (Rm. 13.11-13). Há tempo para andar “com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo.” Cl 4:5. Há tempo para purificar-se ainda mais assim como Ele é puro (I Jo. 2.28; 3.3).

“Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios”, I Ts. 5.5-6,



Autor: Pastor Calvin
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br
Edição gramatical: Edson Basilo 1/2009

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Estudos Bíblicos

Diversos

A Igreja de Laodicéia

INTRODUÇÃO

Sete cartas foram escritas à Igreja, todavia nenhuma foi tão dura e exortativa como esta.

Laodicéia é um nome composto de duas palavras: “Laos”, que significa leigos ou povo comum e “Dicíea”, que pode ser traduzido como costumes ou opiniões do povo. Então, Laodicéia significa os costumes dos leigos ou as opiniões do povo comum.

Esta Igreja que queria ganhar o mundo veio a tornar-se mundana e cheia de idéias e opiniões humanas. Todos opinavam e decidiam o que seria espiritual para a Igreja. Entretanto, nem sempre a voz do povo é a voz de Deus - a Igreja virou um caos.

Esta é a Igreja que profeticamente estariam em plena atividade nesses dias. “Laodicéias” estão aparecendo mais e mais a cada dia. Igrejas quentes, esfriam-se. Igrejas vivas, morrem e tornam-se mercenárias, pensando somente no lucro e no seu bem estar financeiro.

Por esse motivo iremos compartilhar esta palavra e aprendermos o que devemos fazer para evitar que nos tornemos frios.

Leia com amor e oração e o Espírito lhe trará a verdade.


SOBRE A CIDADE DE LAODICÉIA

Laodicéia, significa que pertence a Laodice: Uma cidade sobre o rio Lico, famosa pelos amplos muros e, como Roma, edificada sobre sete montes. Chamava-se, antes, Diósopolis, cidade de Zeus. Foi ampliada e melhorada por Antíoco II, que lhe pôs o nome de Laodicéia em honra de sua mulher, Laodice. A cidade foi destruída por um terremoto em 62 A.D.(depois de Cristo) e reconstruída por seu próprio povo, o qual se orgulhava de o fazer sem pedir auxílio ao estado. As riquezas da cidade, provenientes da excelência de suas lãs, produziu um ambiente que se refletia em apatia espiritual na Igreja.


O AMÉM

“Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus”. (Ap 3.14)

Amém quer dizer: “assim seja” e o Senhor tem que ser o Amém na vida da Igreja. Parece que os irmãos de Laodicéia haviam se esquecido do Senhoril de Jesus sobre eles. O povo desta Igreja não estava orando mais para saber a vontade de Deus, mas votando qual seria a melhor opção. Nesta votação nem sempre o votado era bom e agradável a Deus. O governo Divino não é democrático, mas teocrático - foi por isso que a Igreja e o seu pastor foram seriamente exortados. O líder da Igreja tem que estar no prumo de Deus, buscando com a sua Igreja a vontade do Senhor, pois Cristo é o nosso AMÉM. A vontade de Jesus tem que imperar sobre a sua Igreja para que haja um mover espiritual de amor e fé que contagiará o mundo. É importante entendermos que nem todos os membros da Igreja aceitarão o plano divino. Alguns e se levantarão contra, mas tenhamos em mente que o Senhor testemunhará favor dos seus pastores e trará sua unção sobre a Igreja - Ele é “A Testemunha fiel e verdadeira”.


A IGREJA TEM QUE SER QUENTE

“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca” (Ap 3.14-15).

O Deus que conhece todas as nossas obras requer de nós uma vida cristã bem definida - ou somos de Deus ou não somos. A referida Igreja era composta de crentes “mais ou menos”, pessoas que freqüentavam as reuniões e não tinham a devida responsabilidade com o Senhor. Lamentavelmente, vemos exatamente isso nos dias atuais, aonde mais e mais indivíduos vão aos cultos sem objetividade e fazem da Igreja um clube.

As pessoas e suas opiniões estão invadindo as Igrejas e a conformando com o mundo. Os pastores estão preocupados em agradar as multidões e como atraí-las, mesmo que para isso tenham que colocar Jesus lá fora, do outro lado da calçada (Ap 3.20). Com isso a degeneração cresce e assola a Igreja atual. Só que o Senhor da Igreja tem uma palavra para esses: “vomitar-te-ei da minha boca”.

Se Deus não quer frieza e nem mornidão, então vamos aprender como se esquentar, Leiamos:

“O fogo sobre o altar se conservará aceso; não se apagará. O sacerdote acenderá lenha nele todos os dias pela manhã, e sobre ele porá em ordem o holocausto, e queimará a gordura das ofertas pacíficas. O fogo se conservará continuamente aceso sobre o altar; não se apagará” (Lv 6.12-13).

“e nos fez reino, sacerdotes para Deus, seu Pai, a ele seja glória e domínio pelos séculos dos séculos. Amém” (Ap 1.6).

Pelos textos em lide, fica claro o segredo de termos uma vida quente e ativa na presença de Deus. Na atual Dispensação todos somos sacerdotes do Senhor e devemos ter responsabilidades na manutenção de uma fé viva. A Bíblia fala que a incumbência de manter o fogo aceso no altar era do sacerdote. Todos os dias o sacerdote tinha que atear lenha no fogo e cuidar para que esse fogo permanecesse em chamas vivas. Esse “cortar lenha cotidiano” representa algumas atividades que precisamos manter no pragmaticismo de nossas vidas. “Cortar lenha” é: orar, jejuar, ler a Palavra de Deus, ir aos cultos freqüentemente, evangelizar, freqüentar a escola dominical... Enfim, “cortar lenha” é ser ativo dia-a-dia sem deixar o desanimo dominar. Fazendo assim seu espírito manter-se-á vivo e desfrutará do fogo do Espírito.

“E por isso mesmo vós, empregando toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência o domínio próprio, e ao domínio próprio a perseverança, e à perseverança a piedade, e à piedade a fraternidade, e à fraternidade o amor. Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, elas não vos deixarão ociosos nem infrutíferos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Pois aquele em quem não há estas coisas é cego, vendo somente o que está perto, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados. Portanto, irmãos, procurai mais diligentemente fazer firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis”. (IIPe 1.5-10)


O RICO POBRE

“Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, a fim de ungires os teus olhos, para que vejas” (Ap 3.17-18).

Essa era o tipo de Igreja que nos dias contemporâneos ninguém ousaria dizer que Deus não é com ela. Era uma Igreja que tinha tudo; tinha grande quantidade de membros, dinheiro em abundância, conhecimento teológico e até manifestações espirituais. Humanamente falando nada exteriormente a desabonava - mas e interiormente?

“porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (ISm16.7).

Ainda que parecesse espiritual, essa Igreja era arrogante, petulante e altiva. Chegou ao ponto de afirmar que: “Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta”. Eles se achavam o “máximo”, só eles tinham as revelações. Deus só vivia para eles e só no meio deles as coisas aconteciam. Achavam-se maravilhosos e divinos - Deus dera a eles algo que nenhum outro tinha. Enfim, as presunções desses atingiram níveis estratosféricos.

Entretanto o Senhor da Igreja sabe tudo e envia a sua Palavra a esses: “e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu”.


OURO, VESTES BRANCAS E COLÍRIO

Faltava a essa igreja: ouro, vestes brancas e colírio.

- aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças: Embora eles sejam ricos, contudo o Senhor os vê como sendo pobres.

O fracasso e a fraqueza deles devem-se ao fato de que a fé verdadeira tomou um direcionamento equivocado. Pedro diz que o ouro provado pelo fogo é “fé em provação” (IPe 1.7). Provação que os tais não gostam de experimentar.

A Palavra deve ser provada antes para depois ser passada aos outros. Assim, você precisa comprar ouro provado pelo fogo (Palavra vivenciada na hora da luta). Você deve aprender a confiar, mesmo no momentos da tribulação; então, você será realmente rico.

- e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez”.

Vestiduras brancas referem-se ao comportamento. A “vestidura branca” aqui é mesma mencionada em diversos outros lugares de Apocalipse. O propósito de Deus é que não se tenha contaminação, assim como a veste é branca.

Deus nos quer andando continuamente diante Dele. É impossível estar nu diante de Deus. No VT, nenhum homem poderia aproximar-se de Deus a não ser vestido. Quando os sacerdotes iam ao altar, a sua nudez não deveria estar descoberta. IICo 5.3 nos diz: “se é que, estando vestidos, não formos achados nus”. Mas nesta passagem não é uma questão de estar vestido ou não, mas se a veste é ou não branca. O Senhor Jesus disse: “E aquele que der até mesmo um copo de água fresca a um destes pequeninos, na qualidade de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá a sua recompensa” (Mt 10.42). Esta é a veste branca. Podemos tratar os outros festivamente, contudo isso pode não ser “branco”. Se fizermos isso apenas com o objetivo de manter a glória do nosso grupo ou denominação, isso não será válido. Se a motivação for de cunho mesquinho e egoísta, menos válido será. Não é limpo o suficiente. O Senhor deseja que tenhamos propósitos e motivos limpos ao trabalharmos ou executarmos alguma coisa para Ele, de maneira que quando andarmos diante do Senhor não sejamos motivo de vergonha.

- “e colírio, a fim de ungires os teus olhos, para que vejas”:

Comprar colírio é ter a revelação do Espírito Santo. Alguns acham que ter uma gama enorme de conhecimento teológico fará diferença na contemplação do Divino e na sua revelação. A prática nos mostra que não é bem assim. O conhecimento dado a um cego espiritual só resultará em arrogância e terá como conseqüência uma vida religiosa embotada e sem frutos. O equilíbrio nessa questão é crucial! O crescimento de Graça e Conhecimento deve ser simultâneo.

“antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” (II Pe 3.18)

Esse equilíbrio é salutar para que se tenha uma cosmovisão real do cristianismo que Deus quer que vivamos no nosso dia-a-dia.

Esse colírio tem como finalidade manter nossa ótica sintonizada com o beneplácito de Deus.

A Igreja de Laodicéia não tinha mais a visão espiritual e tornou-se cega, mesmo conhecendo a teoria.


A CORREÇÃO É PARA OS AMADOS DE DEUS

“Eu repreendo e castigo a todos quantos amo: sê pois zeloso, e arrepende-te”
(Ap 3.18).

“e já vos esquecestes da exortação que vos admoesta como a filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, nem te desanimes quando por ele és repreendido; pois o Senhor corrige ao que ama, e açoita a todo o que recebe por filho. É para disciplina que sofreis; Deus vos trata como a filhos; pois qual é o filho a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos se têm tornado participantes, sois então bastardos, e não filhos” (Hb 12.5-8).

Muitas vezes o nosso Deus permite que passemos por sérias circunstâncias de lutas e dificuldades. Devemos entender que o propósito de Deus é ter um povo abençoado e feliz. O Senhor não quer ver os seus filhos passando necessidades, enfermidades, misérias, angustias, depressões..., mas quando nós mesmos O desobedecemos abrimos as portas das lutas e problemas – o Mundo é a prova disso. É claro que nem todas as lutas são por causa de uma desobediência. Entretanto a maioria das tribulações que passamos é adquirida por sermos altivos e insubmissos a Deus. Podemos citar o caso do Profeta Jonas. Deus o havia comissionado para pregar na grande cidade de Nínive. Ele por achar que os ninivitas não mereciam o amor de Deus, recusa-se a cumprir a diretriz do Senhor, pegando assim um navio e indo para Jôpe - que era na direção oposta. A conseqüência dessa desobediência foi uma grande tempestade. Quando indagado sobre o que seria aquela tempestade anormal, Jonas declara ser ele o problema e assim é lançado ao mar. Mais três dias de sofrimento e dores passou Jonas, agora dentro de um ventre de um grande peixe, até que o arrependimento veio em seu coração. Milagrosamente ele foi encontrado na praia de Nínive e tinha uma segunda chance. Agora, será que isso não poderia ter sido evitado? É claro que sim, através da obediência e submissão à vontade de Deus.

O que quero lhe passar é que quando estamos na direção certa podemos evitar muitos problemas. Podemos permanecer mais tempo sem tantas lutas, visto que ficar sem lutas é impossível (mesmo estando no prumo de Deus).


A MAIOR PROMESSA

“Ao que vencer, eu lhe concederei que se assente comigo no meu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 3.21-22).

Vejam que graça maravilhosa! Uma das maiores promessas feitas por Jesus foi essa dada a Igreja da Laodicéia - “que se assente comigo no meu trono”. Isso mostra como é grande o amor de Deus para com os que se arrependem.


BIBLIOGRAFIA

Daniel e Apocalipse, EETAD;

Pequena Enciclopédia Bíblica, Ed. Vida;

Manual Bíblico, H.H.Halley .
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